São Paulo, domingo, 6 de março de 1994
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Governo define amanhã leilão da Embraer

MARIA REGINA DE ALMEIDA
DA FOLHA VALE

A comissão diretora do Programa Nacional de Desestatização (PND) vai definir amanhã a nova data e o preço mínimo de venda para o leilão da Embraer (Empresa Brasileira de Aeronáutica). O ministro da Fazenda, Fernando Henrique Cardoso, aprovou o plano de ajustes prévios da empresa, o que vai permitir a redução da dívida da Embraer em pelo menos US$ 582 milhões de um total de US$ 882 milhões (CR$ 588,7 bilhões).
Segundo o presidente da comissão de desestatização, André Franco Montoro Filho, 49, a data do leilão, o preço mínimo e outras condições para a venda da Embraer serão definidos em reunião marcada para as 14h de segunda-feira, no BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), no Rio. Segundo Ozires Silva, superintendente da Embraer, a privatização será marcada para maio.
A aprovação do ministro era a última pendência para que a privatização da Embraer deslanchasse. Segundo Montoro Filho, os técnicos da consultoria externa Projeta, do Rio de Janeiro, estão calculando o valor mínimo de venda da empresa, com base nas dívidas que não foram saneadas pelo governo federal. O valor estipulado anteriormente, de US$ 519,9 milhões (CR$ 347 bilhões), está sendo refeito e sofrerá redução.
Como o governo não saneou totalmente as dívidas da empresa, Montoro Filho disse que as "sobras" serão retiradas do valor econômico. "Isso significa que o preço mínimo de venda será inferior a US$ 519,9 milhões." Ele disse que vão restar cerca de US$ 200 milhões a US$ 300 milhões (CR$ 200,2 bilhões) de dívidas que não foram saneadas.
Montoro Filho disse que vai tomar conhecimento do valor exato das dívidas restantes na reunião de amanhã. A dívida com o Banco do Brasil já começou a ser solucionada. Em outubro, a venda de ações da empresa descontou US$ 190 milhões de um total avaliado inicialmente em US$ 432 milhões (CR$ 288,3 bilhões).

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