São Paulo, domingo, 6 de março de 1994
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Prêmio Folha; Ombudsman; Escadas inúteis; O maior do planeta; Poesia monetária; Cães e governantes; Choque urgente; Planejamento familiar; Cinco no Ataque; Doações ao São Paulo; Ao ladrão do meu Chevette

Prêmio Folha
"Na edição da Folha do último dia 27/02, tomamos conhecimento da premiação do caderno de Turismo '12 dicas para uma viagem econômica', na categoria 'Serviço'. O justo reconhecimento de trabalhos como o elaborado por vocês, através de iniciativas como o Prêmio Folha de Jornalismo, torna pública a admiração que todos nós temos por profissionais que através de um trabalho competente fazem da Folha um jornal cada dia mais agradável de ser lido."
Sandra Martinelli, superintendente de Marketing Corporativo do Unibanco (São Paulo, SP)

Ombudsman
"As 'notas' de Junia de Sá do dia 27/02 são de uma lucidez impressionante. Diante de tanta bobagem que já foi publicada sobre o 'affair' Lílian Ramos, as palavras da ombudsman são exemplo de coerência, visão crítica e ética jornalística. Creio que renovar seu mandato por somente mais um ano seja desperdício de tanto talento."
Maurício Borba (Belém, PA)

Escadas inúteis
"Lamentamos ter que recorrer a este esclarecimento sobre a notícia '9 de Julho ganha escadas inúteis', publicada na edição da Folha do dia 2/03. A execução das escadarias reconstitui o projeto original da fachada do túnel, dentro de seu estilo arquitetônico. Elas estão sendo construídas nas trilhas já usadas pelos pedestres, nos taludes. Por serem íngremes, têm causado acidentes pois as pessoas se chocam com a parede ou com as plantas espinhosas. Mesmo assim, os usuários insistem em utilizá-las, sinal evidente de sua necessidade. As escadarias possibilitam a utilização das passarelas laterais internas do túnel. Grades de proteção serão colocadas junto às guias para evitar a travessia de pedestres pela avenida. O custo da escadaria corresponde a aproximadamente 1% do custo total da reforma do túnel 9 de Julho, orçado entre US$ 800 mil e US$ 1 milhão. Com a reforma do túnel, a cidade ganhará mais uma área de lazer, pois estão sendo restaurados os jardins e fontes. Os jardins laterais, na entrada do túnel, serão reconstituídos e embelezados."
Ricardo Izar, secretário das Administrações Regionais (São Paulo, SP)

O maior do planeta
"A Folha apresentou dia 21/02 o correto editorial 'O mistério do déficit'. Apesar da abordagem correta do tema, apresenta um erro conceitual que é comparar o déficit público da Itália, Grã-Bretanha e Canadá com o do Brasil. Aqueles déficits são calculados na moeda local e deveriam comparar-se ao déficit nominal brasileiro que é, em cruzeiros reais, de aproximadamente 60% do PIB, um verdadeiro absurdo. Os déficits baixos que são mostrados pelas autoridades (o operacional e o primário) não existem, pois desconsideram a desvalorização do cruzeiro e a correção monetária (são teóricos). O déficit público do Brasil é o maior do planeta."
Igor Cornelsen (São Paulo, SP)

Nota da Redação – A Folha baseou-se no déficit operacional por ser este o conceito que mede não a desvalorização da moeda, mas o real desequilíbrio das contas do governo.

Poesia monetária
"Com a falta de vultos históricos para ocupar as estampas de nossas cédulas, e após a erotização do chapéu do gaúcho, o governo abandonou os 'tipos folclóricos'. Como a coisa está 'bicho-feio', as cédulas do real vão homenagear os animais da fauna brasileira. Entretanto, esqueceram-se as autoridades da mais merecedora das homenagens: ao nosso querido poetinha Vinicius de Moraes, com a efígie adornando o novo dinheiro, e uma de suas frases mais oportunas: '...que seja eterno enquanto dure'."
Roberto Antonio Cera (Piracicaba, SP)

Cães e governantes
"Protesto contra a matança de 19 mil cães que a cidade de Araçatuba anunciou que vai promover, sob alegação de que os mesmos estão transmitindo a raiva. Que se faça uma reciclagem para saber quais são os cães que apresentam a doença, e não exterminar o melhor amigo do homem só por precaução. Nossos governantes transmitem muito mais raiva a toda população, matam de fome, e nem por isso pensamos em exterminá-los. Ainda. Que se absolvam os cães da pena de morte."
Marcos Moreno (Varginha, MG)

Choque urgente
"Está comprovado que esta política econômica de juros altos é uma política criminosa e sem frutos. O Brasil precisa de ação, decisão ou de uma revolução. A mudança para URV é tímida e complicada. Os homens não decidem e os bancos são os únicos beneficiados. O Brasil precisa de um grande choque agora, hoje (urgente)."
Walter Maia (Salvador, BA)

Planejamento familiar
"Gostaria de observar que as próprias declarações da senadora Eva Blay (Painel do Leitor, edição de 3/02) são contraditórias. Nas condições atuais, o Estado, com milhares de pobres miseráveis e analfabetos, não pode fazer um planejamento familiar destas famílias de forma não impositiva. Basta verificar o número de filhos por família da classe média e da classe pobre e miserável. A classe média recorre aos métodos contraceptivos não-naturais e a pobre, ao aborto caseiro."
João Batista Souza Godinho (Porto Velho, RO)

Cinco no ataque
"Quero solidarizar-me com o Matinas Suzuki Jr. pela sugestão de colocar cinco atacantes no ataque da seleção. Por que não? Já é hora de o país do futebol inovar. Apesar de sermos tricampeões mundiais e de termos formado excelentes seleções, nunca fomos os inovadores. O que vem ocorrendo é uma brutal concentração de jogadores no meio de campo, sempre prontos para recuarem e pouco disponíveis para o ataque. Antes inventaram três zagueiros no miolo de área para um sobrar sempre. Não satisfeitos, criaram mais um cabeça de área. E o que sobra (um, os mais ousados usam dois) fica lá na frente, tentando passar por uma verdadeira muralha humana."
Milton Luis Figueiredo Pereira (São Paulo, SP)

Doações ao São Paulo
"Constrangido, estou sendo gozado pelos palmeirenses que dizem estar o São Paulo sendo loteado. Citam como exemplo que o passe do Axel pertence ao Juan Figer, que os salários de Cafu e do Muller estão sendo pagos em placas publicitárias do Morumbi e que o contrato novo do Zetti será quitado em cestas-básicas. Para que se ponha cobro a essa situação vexatória, proponho uma campanha de arrecadação de fundos para o nosso tricolor."
Norio Sugawara (São Paulo, SP)

Ao ladrão do meu Chevette
"Atenção sr. ladrão do meu Chevette. Para que eu pudesse dar baixa no IPVA do carro roubado e poder receber o dinheiro do seguro, tive que pagar o IPVA integral de 1994. Dessa forma, o IPVA do meu carro já está pago. Não se esqueça de licenciá-lo no mês correto. Assim sua situação estará totalmente regularizada... e você poderá continuar usando meu carro com total segurança."
Hamilton Tenório da Silva (São Paulo, SP)

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