São Paulo, quarta-feira, 9 de março de 1994
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Fleury promete subir no palanque de Quércia

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GILBERTO DIMENSTEIN
DIRETOR DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Fleury promete subir no palanque de Quércia
O governador de São Paulo, Luiz Antonio Fleury Filho, disse ontem à Folha que vê cada vez menos condições para disputar à Presidência por falta de apoio dentro de seu partido. Ele afirmou que vai subir no palanque de Orestes Quércia. "Querem que eu seja joguete de uma divisão dentro do PMDB. Mas não vou me prestar a esse papel".
O governador se mostrou decepcionado com lideranças de seu partido, preferindo não citar nomes. Reclama da falta de sinceridade, já que receberia apoios reservados, mas nunca tornados púlicos. "Se quiserem que seu saia candidato, falem em público o que dizem reservadamente."
Embora não cite nomes, segundo apurou a Folha, ele se refere, entre outros, aos gaúchos ( Pedro Simon, por exemplo), os quais apostariam numa divisão do PMDB de São Paulo e, assim, abriria a alternativa Antônio Britto.
Fleury afirmou que já "fez sua parte". "Até avancei demais", acrescentou. Ele acredita que, ao apresentar sua candidatura aos integrantes do partidos, nada mais pode fazer – exceto esperar que seu nome seja articulado e, assim, tenha aprovação da convenção.
O governador disse que, nesse caso, Orestes Quércia "talvez desistisse", buscando uma composição. Informou que não vai "bater chapa" com o ex-governador: "Não tem sentido dois candidatados do mesmo Estado disputarem a convenção. Isso levaria uma inconsequente divisão".
Disse ter informações de que Quércia quer mesmo ser candidato à Presidência, concluindo: "Se escolhido, terá todo meu apoio". O ex-governador disse à Folha estar convencido de que Fleury será seu aliado na disputa, atribuindo a "intrigas" de seus inimigos os que dizem que ambos seriam rivais.
O governador afirmou que, caso não dispute o Palácio do Planalto, ficará até o final de seu mandato – não entraria nem mesmo pela briga de uma vaga ao Senado.

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