São Paulo, quinta-feira, 10 de março de 1994 |
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"Budro" revê solidão em cenário urbano
DA REPORTAGEM LOCAL Espetáculo: BudroDireção: Emilio di Biasi Autor: Bosco Brasil Elenco: João Vitti (Botelhinho), Lavínia Pannunzio (Bastos), Jairo Mattos (Zé Antonio) e Ariela Goldmann (Molinari) Onde: Piccolo Teatro Studio (r. Girassol, 323, Vila Madalena, tel. 011/212-9756) Quando: estréia hoje; de quinta a sábado, às 21h, domingo, às 20h Quanto: quintas e sextas, CR$ 3.500; sábados e domingos, CR$ 5 mil Dois casais se reúnem em uma casa e conversam sobre a vida e sobre seu passado. Só que um deles não é da "turma", não estudou no mesmo liceu, não foi às mesmas festas, não viu os mesmos seriados, ou ao menos não os viu do mesmo modo. É um estrangeiro, em um grupo onde, afinal, todos se descobrem estranhos. "Budro", nova peça de Bosco Brasil, dirigida por Emílio di Biasi, trata, segundo seu diretor, "do drama da convivência diária, onde tudo parece igual, sem ser". Para ele, os quatro personagens da história estão atrás de sua identidade, de uma identidade fragmentada na cidade enorme. Brasil, formado em dramaturgia na Escola de Comunicações e Artes da USP, tentou com "Budro", mostrar um lugar em que as pessoas estão "perdidas em uma noite limpa, o que é pior". "Todos na peça querem afinal saber qual é o seu desejo. Esta inconsciência sobre o próprio desejo, eu a considero a síndrome brasileira mais atual, mais definitiva." "Budro" é, como diz Cida Almeida, a criadora do Piccolo Teatro Studio, "a oficialização deste espaço", que reúne, além do teatro (com uma platéia pequena, de 70 lugares, e um cenário despojado, ao rés do chão), oficinas e um espaço de convivência. O projeto tem dois anos e meio e está há um ano no atual endereço. Texto Anterior: XPTO mostra anjos, homens e o desejo Próximo Texto: O medo é o maior inimigo da alegria Índice |
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