São Paulo, quinta-feira, 10 de março de 1994 |
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Cardin se prende a passado histórico
ERIKA PALOMINO
O desfile não trouxe nem o glamour nem a fantasia que se espera da alta-costura, mas realçou o caráter datado da estética de Cardin, hoje mais preocupado em impulsionar e expandir ainda mais seu império. Afinal, Cardin é um dos grandes mestres do marketing na moda: seu nome assina, além de roupas e acessórios, perfumes, bonecas, louças, restaurantes (o Maxim's), móveis etc. etc., num total que atualmente chega a 535 produtos em 145 países, com 840 franquias; no Brasil, compra-se Cardin em produção nacional desde 1968. Somente números e dados, como o fato de Cardin ter criado o prêt-à-porter em 1959, de ter popularizado a moda masculina, ter ganho o prêmio Dedal de Ouro, ter sido braço-direito do mestre Dior. Aos olhos dos brasileiros, o que restou de tudo isso foi um mar de cores exdrúxulas e formas idem, apresentadas ao empertigado público que suava no saguão do prédio da Faap. Depois da apresentação, Cardin convidou os presentes para a abertura da exposição retrospectiva "Passado, Presente, Futuro", sobre seus 40 anos de trabalho. A que o desfile foi, isso sim, um adequado aperitivo com quê de "pot-pourri". PIERRE CARDIN - PASSADO, PRESENTE, FUTURO. Exposição em cartaz na Faap (Faculdade Armando Álvares Penteado, à r. Alagoas, 903. Pacaembu, zona sul de São Paulo). Até 9 de abril. Texto Anterior: HEBERSON HOERBE Próximo Texto: Soundgarden surpreende em quarto disco Índice |
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