São Paulo, quinta-feira, 10 de março de 1994 |
Texto Anterior |
Próximo Texto |
Índice
Soundgarden surpreende em quarto disco
HÉLIO GOMES
É claro que em "Superunknown" é fácil encontrar pauladas da linhagem de "Rusty Cage", como a urgente "Kickstand". O que marca a mudança de ares é a presença de toques acústicos e a inclusão de canções climáticas, que inevitavelmente remetem aos 70. Porém, o resgate não se restringe apenas ao Black Sabbath de Ozzy e Tony Iommi. Desta vez , quem também vem à tona é o velho Zeppelin. Até mesmo um velho Mellotron –órgão que costumava pontuar canções do Cream ou de Jimi Hendrix– encontra lugar em "Mailman" Um dos melhores momentos de "Superunknown" é "Spoonman', primeiro clip do disco. A canção é um retrato do "Homem-colher", um moicano alucinado que transforma colheres de todos os tipos em instrumentos musicais. Artis, o próprio, participa da canção. Outro trunfo marcante do disco está nas letras. Chris Cornell resolveu privilegiar o que sabe fazer de melhor: destilar suas angústias. "Seguro minha cabeça/Afogo meu medo/ Até que todos vocês simplesmente desapareçam", canta o vocalista em "Black Hole Sun". O guitarrista Kim Thayil continua em ótima forma, unindo o thrash que caracteriza o "som Soundgarden" a claros toques bluesísticos. O mesmo se pode dizer do excelente baterista Matt Cameron e do baixista Ben Sheperd. Desde já, "Superunknown" é um disco obrigatório. Disco: Superunknown Autor: Soundgarden Preço: CR$ 8 nil (nas lojas a partir do dia 15) Lançamento: Polygram Texto Anterior: Cardin se prende a passado histórico Próximo Texto: Peça de Brecht estréia em Curitiba Índice |
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress. |