São Paulo, sexta-feira, 11 de março de 1994
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Nazistas mataram seis milhões de judeus

MARCO CHIARETTI
DA REPORTAGEM LOCAL

Segundo uma estatística elaborada em 1946, os nazistas assassinaram seis milhões de judeus durante a Segunda Guerra Mundial (1939-1945). O projeto do genocídio tem uma data inicial: 1923, quando Adolf Hitler, preso em Munique por ter liderado um golpe de Estado que fracassou, escreveu "Mein Kampf". Defendia a morte dos judeus. Cumpriu sua ameaça.
Os nazistas não inventaram o genocídio étnico: os turcos massacraram os armênios, de maneira sistemática, em 1917. Também não foram originais na criação dos campos de concentração, uma idéia britânica aplicada na guerra dos Boers, na África do Sul, no século passado. O anti-semitismo também não era propriedade dos nazistas: os "pogroms", ataques em massa contra judeus, eram comuns na Rússia Imperial. Os judeus nunca foram bem tratados na Europa. O que Hitler e seus sequazes fizeram foi dar um "método" delirante ao assassinato.
Em 1933, ao tomar o poder, os nazistas promulgaram uma série de leis raciais e começaram uma perseguição sistemática aos cidadãos de religião hebraica na Alemanha. Queimaram livros de autores judeus, expulsaram professores e funcionários públicos, sequestraram propriedades. A partir de 1938, a violência tornou-se feroz.
Com a guerra, em 1939, os judeus foram impedidos de sair dos guetos. Em 1941, começou a ação de grupos especiais de extermínio. A partir de 1942, o regime implantou a chamada "Solução Final": a morte, em centenas de campos de extermínio. Os mais famosos destes "campos da morte" são os de Auschwitz, Treblinka e Dachau. Os judeus não foram as únicas vítimas: milhões de prisioneiros russos e ciganos foram mortos, fuzilados ou levados a câmaras de gás. (Marco Chiaretti)

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