São Paulo, segunda-feira, 14 de março de 1994
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Henrique afirma que não marcou o gol

MÁRIO MOREIRA
DA REPORTAGEM LOCAL

O herói "oficial" do jogo de ontem, o zagueiro Henrique, apontado pelo árbitro José Mocelin como autor do gol do Corinthians, disse que não tinha certeza se havia realmente tocado na bola, após a cabeçada de Rivaldo. "Não senti a bola tocar em mim. O gol foi mais do Rivaldo. Eu só pulei junto com os zagueiros do Palmeiras para atrapalhar", afirmou. "Só deu para ver que a bola entrou, porque ela caiu dentro do gol ao lado de onde eu estava."
Apontado pelo companheiro como o verdadeiro autor do gol, Rivaldo também não soube dizer quem foi o último a tocar na bola. "Eu cabeceei e me desequilibrei, então nem vi o fim da jogada", contou.
Mesmo renegando a autoria do gol, Henrique disse que gostou de sua atuação. "Sempre jogo bem contra o Palmeiras. Na primeira partida da decisão do Campeonato Paulista do ano passado, joguei tão bem que fui até convocado para a seleção. Depois, no jogo final, o José Aparecido de Oliveira me expulsou logo no início", lembrou.
Segundo Henrique, a vitória de ontem foi importante para mostrar que "o Corinthians também é forte". "Não foi um jogo bonito, mas agora teremos tranquilidade para seguir no campeonato."
Para o zagueiro, de 27 anos, a partida provou que a defesa corintiana não é frágil como se costuma dizer. "A gente vem sendo criticado por tomar vários gols, mas o time é um conjunto. A responsabilidade dos gols que levamos não é só dos zagueiros", declarou.
Outro que também estava particularmente feliz era o goleiro Wilson, que atuou no lugar do titular Ronaldo, suspenso. "Dos seis jogos em que atuei no campeonato, ganhamos cinco", disse.
Segundo ele, a sua principal participação no jogo foi a sequência de duas defesas aos 13min do segundo tempo: primeiro num chute cruzado de Roberto Carlos e, no rebote, abafando a conclusão de Edílson. "O primeiro chute foi difícil de agarrar porque o Wilson Mano estava na minha frente. No segundo tive sorte, porque a bola ainda tocou na trave depois que eu defendi."

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