São Paulo, segunda-feira, 14 de março de 1994
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Entidade acusa governo chinês de dar proteção à pirataria marítima

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

O Birô Marítimo Internacional (BMI) afirmou que barcos da Guarda Costeira e da Marinha chinesas têm cometido atos de pirataria no mar do Sul da China e no Sudeste Asiático com pleno conhecimento das autoridades em Pequim. A entidade, privada e não-lucrativa, está ligada às Câmaras de Comércio Internacionais.
"Esses ataques, quase 20 este ano, variam desde a abordagem de navios por piratas, que roubam os pertences da tripulação, até a interceptação de embarcações para roubo das cargas", disse o diretor do BMI, Eric Ellen. "Os navios são levados a um porto e esvaziados de suas cargas; os armadores acabam tendo que pagar resgate para liberar as embarcações", afirmou.
A Organização Marítima Internacional, que reúne 147 países e pertence à ONU, anunciou na sexta-feira que enviará um investigador especial à região para apurar as acusações. A entidade registrou 103 ataques piratas em 1993.
Em Pequim, o secretário de Estado norte-americano, Warren Christopher, encontrou-se ontem com o presidente Jiang Zemin, também secretário-geral do Partido Comunista Chinês. Ele reafirmou a ameaça de retirar o status da China como "nação mais favorecida" em comércio se Pequim não "melhorar substancialmente" a situação dos direitos humanos no país.
Os empresários norte-americanos, porém, são contra a ameaça de sanções à China. Em café-da-manhã na Câmara Americana de Comércio, Christopher recebeu uma carta pedindo que Clinton renove automaticamente os privilégios comerciais da China, para não prejudicar as exportações e os investimentos dos EUA no país.

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