São Paulo, terça-feira, 15 de março de 1994
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EuroDisney reestrutura dívida

FERNANDA SCALZO
DE PARIS

A Walt Disney Company e seus principais bancos credores e acionistas apresentaram ontem um plano de reestruturação da EuroDisney, que visa garantir o futuro do parque em Marne-la-Valée, a leste de Paris. Ameaçado de fechar há mais de três meses, o parque de diversões deve ter agora seu funcionamento assegurado pelos próximos dez anos. Novas ações da EuroDisney deverão ser vendidas a cerca de US$ 2.
O plano prevê a prorrogação do pagamento do principal da dívida por três anos e uma injeção de capital de 6 bilhões de francos (US$ 1,05 bilhão). Desse total, 49% virão da Walt Disney e o restante dos bancos acionistas.
A matriz norte-americana deverá também abrir mão dos "royalties" (direitos) e taxas administrativas pelos próximos cinco anos. Os bancos credores concordaram em perdoar por 18 meses os juros a que teriam direito. Essas medidas devem permitir que a EuroDisney diminua suas dívidas com os credores para cerca de US$ 2 bilhões –dos US$ 3,66 bilhões atuais– e que o parque apresente lucro pela primeira vez em 1995.
No ano fiscal encerrado em 30 de setembro de 1993, o parque teve prejuízo de US$ 926,4 milhões.
Antes de entrar em vigor, o plano de reestruturação da EuroDisney deve ainda ser aprovado pelos 60 principais bancos credores. Os 400 pequenos acionistas do parque também foram informados ontem sobre o plano de reestruturação.

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