São Paulo, sexta-feira, 18 de março de 1994
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Laudo derruba versão de Zezé sobre o crime

DA FOLHA SUDESTE

Os laudos da exumação do cadáver do Oswaldo Cruz Júnior, ex-presidente do Sindicato dos Condutores Rodoviários do ABÁD, desmontaram a versão de legítima defesa apresentada pelo autor do crime, José Benedito de Souza, o Zezé. Segundo os laudos, divulgados ontem pelo Departamento de Medicina Legal da Unicamp, Cruz foi executado e estava tentando fugir quando recebeu quatro tiros pelas costas. "O assassino o encurralou. Há sinais de execução."
Para embasar a tese de execução, a equipe do médico Fortunato Antonio Badan Palhares e do IC (Instituto de Criminalística) de Santo André utilizaram uma animação feita em computador que mostra a cena do crime. A montagem foi feita a partir de informações obtidas durante a reconstituição do assassinato em 6 de janeiro.
Pelo vídeo, Cruz se abaixa atrás da mesa quando Zezé saca sua arma. Ainda abaixado, recebe o primeiro tiro, que o atinge no rim esquerdo. Cruz começa a levantar-se em direção ao armário de metal que se encontra atrás dele, quando recebe o segundo disparo, nas costas. O sindicalista consegue se levantar e ergue os braços. O terceiro tiro o acerta no alto das costas, próximo ao ombro. Cruz começa a cair e leva o último tiro, na cabeça.

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