São Paulo, sábado, 19 de março de 1994
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ONU condena massacre de Hebron

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

O Conselho de Segurança da ONU aprovou ontem à noite resolução condenando o massacre de Hebron. A medida abriu caminho para a retomada das negociações de paz para o Oriente Médio. Elas devem recomeçar "num futuro próximo", anunciou o secretário de Estado dos EUA, Warren Christopher.
A condenação ao massacre era uma das principais exigências dos palestinos, que suspenderam negociações de paz depois da chacina de dezenas de palestinos em Hebron (Cisjordânia), há três semanas. Na própria reunião do CS, a embaixadora dos EUA, Madeleine Albright, anunciou a volta ao diálogo da Síria, Jordânia e Líbano.
O texto não faz referência à presença de tropas da ONU, requeridas pela Organização para a Libertação da Palestina (OLP) –diz apenas que forças internacionais devem ser empregadas conforme decidido no acordo de paz assinado no ano passado. Mas o CS exigiu que Israel garanta a segurança dos palestinos nos territórios ocupados, inclusive através de confisco das armas dos colonos.
Na faixa de Gaza, o Exército israelense continuou a desmantelar bases militares para cumprir o prazo de 13 de abril previsto no acordo de paz. O grupo judaico radical Kahane Vive, banido no domingo passado, ameaçou ontem com novos massacres de palestinos se Israel não recolocar o grupo na legalidade. O anúncio foi feito em telefonema ao jornal "Yedioth Ahronoth", por uma pessoa que se disse porta-voz do desconhecido grupo Mando Unificado da Sublevação Mundial. "Se Rabin continuar nos perseguindo ou decidir evacuar os colonos de Hebron, lançaremos nossas operações ainda antes."

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