São Paulo, domingo, 20 de março de 1994
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Transporte de minério por ferrovia cresce 397%

MARCOS NOGUEIRA
DA AGÊNCIA FOLHA, EM SÃO LUÍS

A quantidade de minério de ferro transportada pela Estrada de Ferro Carajás (EFC) cresceu 397% em oito anos. Em 1986, ano de início da operação da ferrovia, o total de minério transportado foi de 11,5 milhões de toneladas. No ano passado, alcançou 34,4 milhões. Para este ano, a expectativa da Companhia Vale do Rio Doce (CVRD), proprietária da ferrovia, é de transportar 34,6 milhões de toneladas.
Com 892 quilômetros de extensão, a ferrovia liga o porto da Ponta da Madeira, em São Luís, no Maranhão, à serra dos Carajás, no Pará. O sistema integrado de extração mineral (na serra dos Carajás), transporte ferroviário e instalações portuárias do porto da Ponta da Madeira está dimensionado para exportar 35 milhões de toneladas de minério de ferro por ano.
Nos próximos anos, o objetivo principal da Superintendência da Estrada de Ferro Carajás (Sufec) é aumentar a comercialização dos serviços da ferrovia para terceiros (passageiros, produtores de soja, proprietários de caminhões e empresas que comercializam madeira, bebida, cimento, combustível e fertilizantes). Em 1993, além do minério de ferro, a EFC transportou 427,5 mil passageiros, 12.589 caminhões e carretas e 72 mil toneladas de soja.
O gerente do Departamento de Transporte Comercial da Sufec, Carlos Eduardo Carneiro, disse que a Companhia Vale do Rio Doce está realizando estudos para implantar um projeto de transporte multimodal, que combinará o uso de hidrovia, rodovia e ferrovia.
Segundo Carneiro, o Corredor Norte é uma alternativa vantajosa para o escoamento da produção de soja das regiões centro e leste do Mato Grosso. Ele afirmou que o custo do frete rodoviário do Mato Grosso aos portos de Santos (SP) ou Paranaguá (PR) é de cerca de US$ 70 por tonelada de soja. A estimativa é que, após a implantação do transporte multimodal, o preço do frete pelo Corredor Norte chegue a US$ 50 por tonelada.(MN)

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