São Paulo, domingo, 20 de março de 1994
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Corinthians 'multiplica' táticas

WILSON BALDINI JR.
DA REPORTAGEM LOCAL

O técnico do Corinthians, Carlos Alberto Silva, ainda não encontrou o sistema tático ideal para seu time. Mas já chegou a uma fórmula para tentar administrar o ponto de vantagem que a equipe conquistou ao final do primeiro turno do Campeonato Paulista: vencer todas as partidas disputadas no Pacaembu, conseguir pelo menos um empate nos jogos do interior e estabelecer um equilíbrio nos grandes clássicos –leia-se São Paulo e Palmeiras.
Derrotar a Portuguesa, hoje a partir das 16h no Pacaembu, portanto, é uma obrigação na cartilha de Silva. O técnico, como de costume, mantém o mistério sobre a escalação e a organização dos jogadores em campo. A dúvida gira em torno do substituto do meia Marcelinho, suspenso. Zé Elias e Marques disputam a vaga.
A opção é entre atacar desde o início –com Marques, mais ofensivo– ou cadenciar o jogo no primeiro tempo e armar o bote na segunda etapa –começando como titular o volante marcador Zé Elias. "Tudo vai depender do que vou verificar nos teipes da Portuguesa", despistou o técnico. Ontem de manhã, ele ganhou um problema inesperado: Wilson Mano sentiu uma contusão no músculo posterior da coxa e será substituído pelo zagueiro Gralak.
Para confundir ainda mais a Portuguesa, o técnico chegou a escalar Casagrande entre os titulares no coletivo de sexta-feira de manhã. "Ele pode ser uma opção para o banco de reservas", afirmou. Mas o próprio jogador acha que só deve estrear no campeonato quinta-feira, diante do União São João, em Araras.
Se Zé Elias for escalado, Moacir será o articulador das jogadas ao lado do meia Tupãzinho. Caso Marques seja o escolhido, o atacante Rivaldo pode ser deslocado para a direita, com o ex-júnior ocupando o lado esquerdo onde rende mais. Outra opção é manter Rivaldo na esquerda e Marques fazer um revezamento com Tupãzinho pelo lado direito.
Invicto em dez rodadas no Paulistão, Carlos Alberto Silva tem variado sua equipe a cada partida. Tem, também, mudado constantemente o time nos intervalos, num show de arsenal tático.
Para legitimar sua estratégia, o técnico buscou o apoio dos jogadores. Teve uma reunião durante a concentração para o jogo de hoje. Na pauta, o sistema tático a ser adotado no segundo turno.
Na opinião dos jogadores, entretanto, o Corinthians deve abrir mão de um esquema próprio e adota a tática do primeiro turno. Ou seja: estudar o adversário e depois impor o melhor esquema. "Precisamos ser objetivos. Se deu certo no turno, não há por que mudar agora", disse o meia Marcelinho.
O zagueiro Henrique concorda. "Com nosso padrão tático definido, o adversário sabe antes como pode nos marcar. Sem padrão, a preocupação é toda deles."
NA TVGlobosat, ao vivo, às 16h; TVA, VT, às 17h; Bandeirantes, VT, às 19h50; gols nos programas esportivosLEIA MAISsobre o Campeonato Paulista nas pág. 3 a 5

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