São Paulo, domingo, 20 de março de 1994 |
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Hispânicos lutam contra o preconceito até no futebol
MIKE WOITALLA
"Acho que a Federação de Futebol dos EUA não tem feito o bastante pela comunidade latina", disse o secretário-geral da entidade, Hank Steinbrecher. Juarez, 32, emigrou da Guatemala para os EUA quando tinha um ano. Há nove anos, ele treina o San Bernardino. Foi indicado em janeiro para ser o coordenador de treinadores dos EUA e encarregado de criar um vínculo entre a federação e a comunidade latina. "Quero abrir portas para pessoas, jogadores e técnicos", disse Juarez. "E espero que a comunidade veja a luz no fim do túnel, que eles se envolvam." A Federação dos EUA também contratou o ex-jogador peruano Teófilo "Nene" Cubillas, que mora na Flórida, como consultor técnico. Ele vai trabalhar com os jogadores enquanto Juarez tenta seduzir a comunidade hispânica. Entre as tarefas do coordenador estão: criar uma rede de técnicos latinos, que trabalharão como olheiros, encorajar ligas de hispânicos a se filiarem à Federação Norte-Americana, criar cursos bilingues para treinadores etc. O processo de seleção de jogadores, nos EUA, pode deixar passar talentos latinos, porque inúmeras ligas de times hispânicos não são filiadas à Federação dos EUA. Por exemplo, no sul da Califórnia há 50 mil jovens jogando futebol. O técnico da Academia da Força Aérea, Luis Sagastume, organizou uma associação de técnicos hispânicos, que Juarez quer usar como apoio. "Queríamos dizer à Federação dos EUA que há muitos treinadores latinos que querem ajudar o futebol dos EUA a crescer. Por que temos que dizer isso a eles?", queixa-se Sagastume. Texto Anterior: Blatter prevê média de três gols por jogo no Mundial dos EUA Próximo Texto: Vitória hoje dá título do vôlei ao Suzano Índice |
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