São Paulo, domingo, 20 de março de 1994 |
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Estudante paga meia para assistir ao GP Brasil
JOSÉ HENRIQUE MARIANTE
O acordo só foi firmado depois que estudantes deram queixa no Procon após tentarem, sem sucesso, adquirir meia-entrada para a corrida. O órgão, então, acionou seus fiscais. Na última quinta-feira, os organizadores enviaram ofício ao Procon, relatando o acordo. "Os ingressos de estudantes serão vendidos somente nas bilheterias para que haja um controle efetivo. Cada estudante pode comprar um único ingresso de qualquer setor", explicou o diretor de fiscalização do Procon, Luís Flávio Prado de Lima. Segundo ele, a International Promotion, ao saber que os postos de vendas estavam sendo fiscalizados, entrou em contato com as entidades estudantis para obter cópia da carteira e acertou a venda em um único ponto. Só serão aceitas carteiras válidas para 94. A UNE e a Ubes prometeram que o estudante que comparecer a partir de amanhã em suas sedes sai com a carteira na hora se mostrar o comprovante de matrícula. Extinta nos anos 70, a meia-entrada foi resgatada pela Lei Estadual n.º 7.844, de 13/5/92. Segundo ela, o promotor do evento tem que possibilitar a venda de qualquer ingresso na forma de meia-entrada para os estudantes que apresentem carteira da UNE ou Ubes. Não pode haver limitação do número de ingressos, muito menos de setor. A lei municipal foi aprovada quase um ano depois (n.º 11.355, de 5/5/93) e limita a 30% a carga de meias-entradas. Em vão, no entanto, pois a lei estadual prevalece, segundo o Procon. No caso da F-1, as empresas que comercializam os ingressos –Shell, Unibanco e Dimensão Turismo– terão que dispor de ingressos para estudantes nas bilheterias de Interlagos. Contatadas, a Dimensão foi a única a afirmar que não o faria. "Eles usam o argumento de que vendem um pacote", afirmou Prado de Lima. "No ano passado, a única coisa que havia a mais era um churrasquinho. Para este ano, já estamos estudando o caso", disse. Se for constatada a irregularidade, a empresa será autuada, além de ser obrigada a vender a meia-entrada. (José Henrique Mariante) Texto Anterior: Seatle não quebra a escrita de Chicago Próximo Texto: Câmbio é problema de Christian Índice |
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