São Paulo, domingo, 20 de março de 1994
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Saiba sobreviver ao fim de noite

ERIKA PALOMINO

Fim de noite. Na pista de dança uns gatos pingados insistem em prolongar o que já foi e não tem mais para onde ir. O DJ toca coisas no intuito de mandar todo mundo embora - ele quer dormir. A essas horas, o básico da "ambient music", hipnótica, suave, é a solução.
Os banheiros são parte fundamental da lesação final. Ao contrário da pista, ficam fervendo. É para o povo que passa mal, quem vai até lá e não consegue voltar, quem insiste em alguma coisa, aquendações que só acontecem mesmo depois que nada mais há a ser feito.
O bar. Em alguns lugares, os bares da pista fecham depois de certa hora e com jeitinho dá para dar a elza em uma Coca Cola ou água tônica, clássicos do fim de noite. O conselho, para não piorar as coisas, é não beber mais após determinado momento. Como diz o notívago Marcos Morceff, estilista da Fora de Moda: "Se a noite não engrenou depois de um ponto, não insista".
Para sair: conte com o apoio dos amigos, que enfrentam a desagradável fila que é pequena mas parece não andar nunca, para levar você para casa, tomar um táxi ou ajudar a subir e descer desagradáveis escadas. E olho vivo no cartão de consumação.
A última e mais preciosa dica: tenha sempre seus óculos escuros na mochila. As luzes dos clubes são acesas para mandar o povo embora, quando já é muito tarde, e, além do mais, vai que o dia amanheceu e você nem notou?

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