São Paulo, domingo, 20 de março de 1994
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Informatização deve ser feita "sob medida"

MARIA EDICY MOREIRA
FREE-LANCE PARA A FOLHA

Informatização deve ser feita 'sob medida'
Conhecer necessidades da empresa, pesquisar opções e consultar especialistas evitam gastos desnecessários
A informatização adequada de uma empresa depende de auto-avaliação, pesquisa e uma boa escolha de programas. Planejamento é fundamental. De nada adianta comprar programas e computadores sem saber quais são os problemas da empresa e como solucioná-los.
A maioria das empresas começa com uma planilha e um processador de textos, mas uma informatizção "de verdade" inclui outros programas. "Deve-se começar com programas básicos para controles operacionais, administrativos e financeiros e, depois, completar com a planilha e o processador de textos", diz Vitor Madeira, 41, diretor da empresa de consultoria Arthur D. Little.
Não é preciso comprar todos os programas –contabilidade, contas a pagar e a receber, estoque, produção etc.– de uma vez. Segundo Madeira, a empresa deve identificar seus principais problemas e escolher os programas por ordem de importância.
Uma saída para evitar erros é buscar a ajuda de consultores. Contratar esses profissionais para conduzir todo o processo, no entanto, também pode sair caro –até US$ 30 mil. Serviços avulsos custam menos. A Senso Consultoria, por exemplo, cobra US$ 1.000 ao mês. A GPI oferece 20 horas de consultoria por US$ 600. O consultor visita a empresa e orienta na compra de programas e computadores.
Programas prontos são outra opção e economizam tempo e dinheiro. "A empresa deve desenvolver seus programas quando não encontrar nada do que precisa no mercado", diz Madeira. Programas de contabilidade, folha de pagamento, contas a pagar e a receber, entre outros, custam de US$ 120 a US$ 3.000 cada. Programas feitos sob encomenda variam de US$ 500 a US$ 1.500 por mês e levam até um ano para ficarem prontos.
Agilidade
Além de economizar tempo e dinheiro, começar a informatização do negócio sabendo que tipo de informações devem ir para o computador aumenta a agilidade e competitividade da empresa. Sérgio Marcos Coluto, 34, sócio da FixCenter Comércio de Parafusos, de São Caetano do Sul (Grande São Paulo), aproveitou sua experiência como empregado de uma fábrica de parafusos para começar seu negócio sem as dificuldades da fábrica.
Segundo ele, o maior problema da indústria –que se estende às revendas– estava no gerencimento de estoque, compras e vendas. "O setor de parafusos trabalha com muitos dados, e é impossível controlá-los sem o computador."
Assim, quando abriu a loja junto com sua irmã, Mara Coluto Silva, 40, ele procurou programas para controlar essas informações. Hoje a loja trabalha com 7.000 itens sem precisar de faturistas e de pessoas para controlar estoque. Além disso, otimizou compras e vendas e reduziu o capital de giro.
Depois de visitar vários fornecedores, Coluto optou pelos programas da ABC71 que, além de atender suas necessidades, se dispôs a fazer adaptações "personalizadas". O consultor Francisco Loschiavo, 28, da Senso Consultoria, diz que essa flexibilidade do fornecedor em adaptar programas, sua qualidade de suporte e treinamento são, muitas vezes, mais importantes do que as próprias características do programa.

ONDE ENCONTRAR
Senso Consultoria: tel. (011) 533-5566; GPI: tel. (011) 287-1927

LEIA MAIS
sobre informatização na pág. 9-3

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