São Paulo, terça-feira, 22 de março de 1994 |
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Fazenda pede explicações para alta de preço em URV
EDUARDO BELO
Segundo Dallari, da justificativa depende a manutenção dos preços atuais, o que significa uma exceção à regra fixada pela medida provisória 434 (a média de preços dos últimos quatro meses de 93). Dallari disse que as empresas alegaram defasagem de três anos e um aumento de custos no principal insumo do setor, o acetato de vinila. O produto é fabricado pela Companhia Alcoolquímica do Nordeste (grupo Rhodia). "Isto não é justificativa", afirmou. O assessor disse que quer conhecer a estrutura de custos dessas empresas. Caso as explicações não sejam convincentes, o governo vai encaminhar o problema para os órgãos de defesa da concorrência (SDE e Cade) para "providências". Os representantes das três empresas deixaram o prédio do Ministério da Fazenda em São Paulo sem falar com os jornalistas. Dallari se reuniu também com as empresas de transporte. Segundo Thiers Costa, coordenador tarifário da Associação Nacional das Empresas de Transporte Rodoviário de Carga (NTC), o setor conseguiu reduzir as tarifas de 11% a 20% em URV, retirando o custo financeiro aplicado sobre as operações no prazo de 15 a 20 dias. Se os fornecedores não fizerem o mesmo, a NTC vai levar os problemas a Dallari. Segundo Costa, as autopeças ainda não estão praticando preços em URV. Dallari se encontrou ainda com representantes dos frigoríficos e da pecuária de corte. Segundo ele, os dois setores estão discutindo um deflator para converter os preços para a URV. Os números variam de 18% a 21%. As discussões devem durar até o final do mês. Texto Anterior: O roto e o esfarrapado Próximo Texto: Inflação salta para 40,04% em São Paulo Índice |
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