São Paulo, quarta-feira, 23 de março de 1994 |
Texto Anterior |
Próximo Texto |
Índice
Festa do Oscar só com Prozac na veia
BARBARA GANCIA
Na semana passada, detonei mais uma bomba atômica no colo da mártir: manifestei a ela minha intenção de experimentar o tal do Prozac. A doutora quase caiu da cadeira: "Pelo amor de Deus, Barbara! Se você tomar Prozac é capaz de cometer um assassinato." E encerrou a sessão dizendo que assim que a indústria farmacêutica inventar algum tipo de depressivo, ela me manda correndo à farmácia comprar uma caixa. Tudo bem. A indústria farmacêutica ainda não inventou o depressivo. Mas a Academia de Artes e Ciências de Hollywood e o SBT mostraram na última segunda que, unidos, são capazes de realizar a façanha. Hoje, quem deve estar tomado Prozac na veia é o Boris Casoy. Além de ter sido submetido a fazer hora extra fantasiado de maitre, ele ainda foi obrigado a engolir os reparos de Rubens Ewald a seus comentários e a amenizar as besteiras perpetradas pelos batráquios tradutores. Em vez de "Óscar", como é conhecido até em esperanto, uma tradutora pronunciava o nome "à moda da casa", como em "meu marido Oscar", de Consuelo Leandro. E o que dizer das entradas ao vivo da repórter Zileide Silva? Diretamente do Gallery, ela mostrava a lúgubre versão caipira da festa do Dorothy Chandler Pavillion. Não contente com a sinuca de bico em que se encontrava, Zileide ainda cometeu frases do tipo: "Paul Newman lá em Los Angeles e Tonia Carrero aqui no Gallery". A diferença é que Paul Newman estava inteiro, enquanto Tonia... A julgar pelo enrolar de sua língua, momentos antes de falar no SBT a atriz deve ter tropeçado em algum degrau e batido a cabeça no chão. Texto Anterior: Três são linchados na frente da TV Próximo Texto: Sorte de Grego; Jornada nas Estrelas; Celebração Índice |
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress. |