São Paulo, quarta-feira, 23 de março de 1994 |
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Meneguelli espera efeito multiplicador CUT acredita em novas manifestações EDUARDO BELO
Meneguelli evitou alimentar a polêmica com a Força Sindical, que vem fazendo críticas aos métodos da CUT. O presidente da FS, Luiz Antonio de Medeiros, foi procurado ontem à tarde. A informação era de que fora ao dentista e não daria entrevistas. No início do mês, Medeiros convocou uma greve dos metalúrgicos de São Paulo que acabou minando as forças do movimento de hoje. A CUT programava uma greve geral. Folha - Que resultado você espera da mobilização? Jair Meneguelli - Vai ter manifestação em todo o país. Tem categoria que vai parar por uma hora, outras vão fazer passeata. Não é greve geral, mas estou confiante. Folha - Você não acha esses movimentos restritos para sensibilizar o governo e o Congresso? Meneguelli - Não acho. Seria restrito se nós tivéssemos nos resumido a fazer reuniões com o governo. Só em dois atos de São Bernardo dá muito mais de 50 mil pessoas. Além do mais, isso não é o fim, é o começo. Folha - Reunião com o governo está fora de cogitação? Meneguelli - A Comissão Mista (que analisa o plano) apresentou uma proposta ao ministro Fernando Henrique Cardoso. A CUT reapresentou. O ministro prometeu dar resposta. Para a CUT não deu. Folha - Que avaliação você faz do Plano FHC? Meneguelli - Acho que ele está furado. Todos os planos conseguiram baixar a inflação. Qual conseguiu manter? Nenhum. O país precisa de reformas estruturais. Folha - Você soube das críticas da Força Sindical à mobilização proposta pela CUT? Meneguelli - Nem quero saber. Estamos fazendo nosso papel. Quem quiser faça o seu. Texto Anterior: Fiesp vê demagogia Próximo Texto: Protestos são isolados no país Índice |
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