São Paulo, quarta-feira, 23 de março de 1994 |
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Ensaios discutem fase mexicana do diretor
MARCELO REZENDE
Depois da fama associada ao escândalo, resultado de seus dois primeiros filmes ("Um Cão Andaluz" e "L'Âge d'Or") e de uma passagem como diretor de dublagens da Paramoumt, Buñuel parte para o México em meados da década de 40. Lá chega a realizar 23 filmes. Só que, diferentemente de sua passagem anterior por Paris, dessa vez com uma produção voltada –pelo menos em grande parte- ao mercado. A tarefa dos dez ensaios que compõem o livro é delinear o quanto há de autoral nesses filmes. O desejo, a ambiguidade, Jacques Lacan, a metáfora conceitual, Roland Barthes e Gaston Bachelard. Tudo serve para procurar explicar Buñuel e seus filmes mexicanos. Se muitas vezes a visão dos autores resvala perigosamente em leituras discutíveis (como nos ensaios "O Espelho de Susana" de Wilson H. da Silva e "Buñuel e Fellini: Um Paralelo Possível" de Miriam Nogueira), é também verdade que o livro funciona melhor quando trata apenas do fato, abandonando a grande teoria. Um desse momentos é "Buñuel, Um Cineasta no Exílio", onde seu autor, Adilson Ruiz, faz um cuidadoso levantamento das circunstâncias enfrentadas por Buñuel para a realização de cada filme. Talvez o melhor caminho para tentar entender o quanto pode ainda existir de "surrealista" em chorosos dramas mexicanos. Título: "Um Jato na Contramão - Buñuel no México" Organização: Eduardo Peñuela Cañizal Preço: 19.90 URVs Texto Anterior: Entrevistas inéditas revivem obra de Buñuel Próximo Texto: Cinesesc exibe melhores do cinema em 93 Índice |
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