São Paulo, quinta-feira, 24 de março de 1994
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Temporada 'expurga' os veteranos

FLAVIO GOMES
DA REPORTAGEM LOCAL

Está faltando ele. O GP do Brasil de domingo não terá na pista seu maior vencedor. Alain Prost, seis vitórias na corrida tupiniquim, desistiu de disputar o campeonato quando percebeu como o novo carro da McLaren era fraquinho. O francês ganhou aqui em 82, 84, 85, 87, 88 e 90. As cinco primeiras no Rio; a última já no novo traçado de Interlagos.
Prost é apenas o mais famoso dos notórios ausentes da prova que abre a temporada de 94. Outros velhos conhecidos do público que acompanha Fórmula 1 também estarão fora. Lembra de Riccardo Patrese? Pois é, o italiano disputou 256 GPs nos últimos 17 anos por seis equipes diferentes e sumiu.
Riccardo foi demitido no ano passado pela Benetton. Fez um campeonato medíocre, ridículos 20 pontos, contra 52 de seu companheiro de equipe Michael Schumacher, 218 corridas a menos. Está tentando uma vaga em algum time para disputar o Campeonato Alemão de Turismo. Deixa para trás uma história pobre, de seis vitórias, oito poles e 281 pontos.
Mais um que desapareceu do mapa da Fórmula 1 foi Andrea de Cesaris, figurinha carimbada desde 1980, 197 corridas nas costas, 55 pontos e uma pole, nada mais. Protegido da Marlboro italiana, Andrea esteve em nove equipes e nunca emplacou. Ao contrário, ficou conhecido por destruir carros com a mesma facilidade com que se joga fora um maço de cigarros. Destino? Incerto.
Na lista de "procura-se" estão também Thierry Boutsen, Ivan Capelli e Derek Warwick. Só o segundo está empregado, no campeonato de Turismo da Itália. Boutsen e Warwick tentam uma vaguinha na Indy, talvez em Imsa (Marcas dos EUA) ou em algum torneio beneficente que não exija muita velocidade. Falta mesmo, o público só vai sentir de Prost. Odiado por estas bandas, mas bom de braço pra chuchu.(FG)

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