São Paulo, quinta-feira, 24 de março de 1994 |
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Confira o novo regulamento
JOSÉ HENRIQUE MARIANTE
Mas a F-1 estava menos emocionante? Um bilhão de telespectadores diriam que sim, já que mudaram de canal na hora das corridas no ano passado. A saída para a FIA foi encarar uma batalha suja de bastidores durante toda a temporada, que poderia ser traduzida assim: McLaren e Williams contra a rapa. Mas Max Mosley, chefão da FIA, apostou no imediatismo das equipes e proibiu a eletrônica por decreto no meio do campeonato. Como ninguém estava disposto a construir novos carros, Mosley negociou um adiamento da proibição para este ano, no que foi prontamento atendido. Não é a primeira vez que a F-1 anda para trás. O ano de 1988 assitiu ao sepultamento da era do turbo, que engordou demais os orçamentos das equipes. Antes, o carro-asa, uma das maiores revoluções da categoria de autoria do fabuloso Colin Chapman, foi banido por deixar os carros rápidos demais. O problema, então, era o excesso de emoção, pois pilotar um carro assim era não ter certeza de sair dele inteiro. Como se notou depois, nenhuma das mudanças fez a categoria parar. Este ano não será diferente. A Williams, que teoricamente saiu perdendo, na verdade largou na frente. Justificou seu papel de equipe de vanguarda e buscou na mecânica de fluidos a saída para seus problemas. O carro de Senna terá o semi-eixo carenado, o aerofólio "bumerangue" e os braços da suspensão traseira em forma de asa. Uma idéia genial pois, pelo regulamento, asas não podem ser móveis. No caso da Williams a asa não é. Mas a suspensão, obviamente, o é. Texto Anterior: Temporada 'expurga' os veteranos Próximo Texto: Acaba o limite de pneus Índice |
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