São Paulo, quinta-feira, 24 de março de 1994 |
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Secretaria confirma primeira morte por cólera na Baixada Santista
MARCUS FERNANDES
A Secretaria da Saúde ainda não sabe como nem onde ele contraiu o vibrião. Técnicos do órgão entrevistaram ontem parentes de Oliveira, para tentar descobrir como se deu a contaminação. Outras duas mortes, de moradores de São Vicente, continuam provocando divergências entre a prefeitura e o Ersa. Para o chefe do serviço de saúde, Arthur Chioro, "clinicamente, eles morreram vítimas do vibrião do cólera". Como não foi feito exame laboratorial nesses pacientes, o Ersa resolveu aguardar laudo necroscópico para divulgar a causa da morte. O resultado do laudo estava marcado para ser divulgado ontem, o que não ocorreu até as 17h. No caso do paciente que morreu em Santos, o exame laboratorial foi feito após a morte, segundo a coordenadora do Centro de Controle de Doenças do Município, Maria Filomena Gouveia, 33. Ele foi internado com suspeita de leptospirose. Oliveira morava no bairro de Jardim Castelo, periferia de Santos. Segundo a Sabesp, o local não possui serviço de esgoto. A Prefeitura de Santos informou que moram na área 12 mil pessoas. Santos é o município da Baixada Santista com maior índice de residências servidas por rede coletora de esgoto. Para a prefeitura, cerca de 75% dos moradores têm saneamento básico. A Sabesp informou que o índice chega a 92%. Até as 17h30 de ontem, o número de casos confirmados na região era de oito pessoas. Cinco delas residem em São Vicente, sendo que todas estão com alta médica. Em Cubatão, um paciente com cólera continua internado no Hospital Osvaldo Cruz. Texto Anterior: Doença é de país desenvolvido, diz especialista Próximo Texto: Carioca nasceu em Fortaleza Índice |
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