São Paulo, quinta-feira, 24 de março de 1994![]() |
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Flintstones geram negócios de US$ 1 bi
NELSON BLECHER
A previsão é da norte-americana Helen Isaacson, vice-presidente de Turner Home Entertainment, que há três anos incorporou ao conglomerado de comunicação os estúdios de Hanna-Barbera. "A meta é fazer de 1994 o ano dos Flintstones", disse ontem a executiva, que está em São Paulo para divulgar a estratégia de marketing que dará sustentação ao lançamento, programado para maio próximo nos EUA, do filme "The Flintstones". Trata-se de uma co-produção da Universal Picture, Amblin e Turner, que consumiu US$ 50 milhões e é estrelada por John Goodman no papel de Fred Flintstone. A previsão de faturamento da Turner com o licenciamento dos Flintstones não chega a impressionar Elcan Diesendruck, que dirige a subsidiária brasileira de uma poderosa concorrente, a Walt Disney Company. "O montante é compatível com o de alguns filmes clássicos da Disney, como 'Aladdin' e 'A Bela e a Fera", afirmou. Em junho, quando "The Flintstones" chegar aos cinemas brasileiros, a Disney estará lançando no país sua mais recente produção, "O Rei Leão". Serão investidos, segundo Isaacson, US$ 100 milhões em mídia para promoção de "The Flintstones" e dos produtos licenciados. Esse valor, segundo ela, é equivalente ao gasto na pré-estréia de "Parc Jurassic", o filme que se tornou recordista de bilheteria com renda de US$ 925 milhões no ano passado. Grandes fabricantes multinacionais de brinquedos, como a Matel e Hasbro estão entre as 500 empresas que utilizam os personagens do filme em seus produtos para atrair três gerações de aficionados. Eles também aparecem associados a eventos esportivos, graças a um acordo mantido com a NFL, a Liga Nacional de Futebol dos EUA. O desenho animado homônimo vem sendo exibido ininterruptamente, há 34 anos, em 80 países. Isaacson afirma que a área de entretenimento e de personagens –também disputado pela Warner– cresce ao ritmo de 20% anuais, tendo atingido, em 1993, cerca de US$ 17 bilhões dos US$ 91 bilhões movimentados no mercado de licenciamento. "O fenômeno de globalização instantânea dos cartoons, através de sua difusão pelos canais internacionais, como a Cartoon Network da Turner, têm ajudado a impulsionar os negócios", diz a executiva. Além dos Flintstones, a Turner explora o potencial de 700 personagens de 3.500 episódios de Hanna-Barbera, entre eles os cinquentões Tom e Jerry, Manda-Chuva, Zé Colméia e a família dos Jetsons. Mais recentemente, prossegue ela, a Turner passou a licenciar no Japão outra estrela da companhia: a marca do canal CNN, que aparece gravada em relógios, porta-lápis e jogos de computador. Texto Anterior: Maioria das empresas muda organização Próximo Texto: US$ 8,5 mi é a previsão Índice |
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