São Paulo, quinta-feira, 24 de março de 1994
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Dois Poderes; Declaração; O PSDB é uma UDN requentada?; Fundamentais; Críticas ao PT; Questão de maioria; Prozac; Representação classista; Cartão-postal; A criança e o direito; "A Lista de Schindler"; Dívidas históricas

Dois Poderes
"O repúdio e indignação aos casuísmos dos parlamentares também atingem o Judiciário. Para que a justiça, a liberdade e a democracia sejam exercidas por todos é necessária, também, uma revisão do Judiciário."
Ernani Miura (Porto Alegre, RS)

"A decisão do Supremo de calcular os salários dos servidores do Judiciário fazendo a média pela URV do dia 20 peca não por adotar tal metodologia, mas sim por não usar de sua autonomia e repor o total das perdas do conjunto dos servidores. Isso sim seria a defesa da ordem constitucional."
Carlos Alberto de Matos (São Paulo, SP)

"O Supremo Tribunal Federal resolveu usar a Lei de Gerson, levando vantagem sobre as demais categorias."
Reny Hermínia da Costa (São Paulo, SP)

"O picaretismo dos deputados do Congresso deve ser uma doença contagiosa. Atingiu em cheio o Supremo no episódio do aumento salarial."
Wu Tou Kwang (São Paulo, SP)

"A nação inteira indignou-se com a derrubada do veto à Lei de Isonomia Salarial do Funcionalismo, pela Câmara dos Deputados, que acabaria por provocar um aumento nos vencimentos dos parlamentares da ordem de 40%. O PPS votou pela manutenção do veto presidencial. Enquanto imperava o silêncio no plenário, naquele momento, o partido foi ao microfone defender o veto e criticar a tentativa de se privilegiar os salários dos parlamentares."
Sérgio Arouca, deputado federal pelo PPS-RJ (Brasília, DF)

"Como Roberto Romano em Tendências/Debates (23/03), desconjuro e despotismo. Mas a sua solução de utilizar apenas as futuras eleições para se livrar desse Congresso podre que está aí é como querer salvar um doente com gangrena com medicina preventiva. É preciso uma intervenção cirúrgica já."
Paulo Pereira Lima (Taubaté, SP)

"Fundamental e absolutamente estamos contra o fechamento do Congresso, assim como contra qualquer ato antidemocrático. Isso em primeiro lugar. Em segundo lugar, pensamos que Hebe Camargo se manifestou contra a situação crítica dessa instituição apenas para provocar-lhe uma sadia reação moral e não para seu fechamento."
Emilio Miguel Abellá, coordenador da Liga Pela Ecologia Humana (São Paulo, SP)

Declaração
"Alguma coisa acontece no meu coração quando leio a Folha."
Maria Helena Junqueira Reis (Belo Horizonte, MG)

O PSDB é uma UDN requentada?
"Parabéns à Folha pela excelência dos textos assinados por Marcelo Coelho, Janio de Freitas e Carlos Heitor Cony. Após anos de dissimulação, eis a radiografia do PSDB de corpo inteiro. É ou não uma UDN requentada?"
José Arthur Bertone (Bauru, SP)

"O PSDB, da noite para o dia, se tornou um partido neoliberal."
Charles Carvalho (Rio Claro, SP)

Fundamentais
"Os colunistas Janio de Freitas e Ricardo Semler são ótimos e estão cada vez melhores! Não dá para não ler! Parabéns e continuem assim!"
Teresinha Ferreira Silvério (Limeira, SP)

Críticas ao PT
"Não sou filiado ao PT, nem tampouco tenho procuração para defendê-lo em público. Entretanto, causou-me surpresa e irritação o trato pouco sério que Josias de Souza deu ao criticar de maneira tão leviana não só os pontos do processo que o PT vem desenvolvendo para criar a sua consciência partidária, como também a própria razão de ser de um partido de trabalhadores (edição de 21/03)."
João Quadros (Salvador, BA)

Questão de maioria
"Há dias, um dirigente do PT, querendo encarecer o valor e a importância do Lula, afirmou que ele é maior do que o partido. Aí é que está o perigo. Com a organização política e a legislação eleitoral que temos, os candidatos que se projetam acima dos partidos é que têm mais chances de se eleger. Mas a estabilidade de qualquer governo democrático pressupõe o apoio de forças políticas organizadas, com maioria suficiente para sustentar as ações do governante. Getúlio, Jânio, Jango, Collor, todos elevados ao poder pelo voto em eleições diretas, mas baseados em partidos de pequena expressão, não resistiram às pressões e não concluíram seus respectivos mandatos."
Benone Guimarães (Belo Horizonte, MG)
Prozac

"Vimos acompanhando com bastante suspeita as várias matérias recentemente publicadas nos meios jornalísticos, em especial a matéria publicada na Folha do dia 27/02, sobre o 'medicamento' Prozac. A 'fabulosidade' atribuída ao medicamento deveria também apresentar a opinião de especialistas do setor não envolvidos com a indústria farmacêutica. Quero alertar o jornal dos riscos a que se expõe a população com matérias que dizem respeito à saúde, principalmente quando se fica com a impressão de que o Prozac é a 'droga da felicidade'..."
Julio César Gomes de Oliveira, farmacêutico (João Pessoa, PB)

Representação classista
"Apesar das exceções existentes, sou pela extinção da representação classista na Justiça do Trabalho, para que se faça a verdadeira justiça."
Geraldo Ferreira Nobre, presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Artefatos de Borracha de Franca (Franca, SP)

Cartão-postal
"Li, com grande satisfação, no caderno de Turismo de 3/03, a reportagem sobre o Rio de Janeiro e o verão carioca. É um elogioso cartão-postal que merece dos cariocas as mais sinceras congratulações, visto o prestígio da Folha como um dos mais importantes veículos de comunicação do país."
Pedro Fortes, diretor de relações externas da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis –Abih (Rio de Janeiro, RJ)

A criança e o direito
"Quero parabenizá-los pelo excelente artigo de Angela Oliveira sob o título 'A criança e o direito' (16/03). Sem a imprescindível interdisciplinariedade apontada pela articulista, o mundo jurídico continuará à margem das mais autênticas aspirações sociais."
Eduardo de Oliveira Leite (Maringá, SP)

"A Lista de Schindler"
"Excelente a crítica de Marcelo Coelho sobre o filme 'A Lista de Schindler', na Folha do dia 16/03. No entanto, mais estarrecedor que 'A Lista de Schindler' é constatar que o holocausto não acabou. No Brasil, em vez de execuções sumárias de judeus, tivemos Carandiru, Candelária, Vigário Geral etc. Quando acabou o filme, fui acometida de um sentimento amargo por lembrar que o holocausto é aqui."
Maria Alice Bianchi (Brasília, DF)

"Schindler não mudou a história da Segunda Guerra Mundial. Não esqueceremos as atrocidades cometidas contra o povo judeu e toda a humanidade. No entanto, lembraremos sempre de Oskar Schindler como um símbolo que, apesar de tudo, nos faz crer que, através do homem, a vida pode ser mais justa, digna e feliz."
Alfredo Frajdenberg (Rio de Janeiro, RJ)

Dívidas históricas
"Sr. Pedro do Rosário, dei boas gargalhadas com sua resposta (Painel do Leitor, 21/03) ao sr. Fernando Conceição, o que deu o calote no Hotel Maksoud como parte da indenização devida aos negros pela escravidão no Brasil! Se a moda pega, eu também quero ser indenizada pelo governo, pois corre na minha família que minha tataravó, índia, foi caçada a laço no meio do mato lá pelas bandas de Alagoas..."
Cacilda Lanusa (São Paulo, SP)

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