São Paulo, sexta-feira, 25 de março de 1994
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Ministro do Exército reúne-se com Alto Comando e defende democracia

SÔNIA MOSSRI
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O ministro do Exército, Zenildo de Lucena, almoçou hoje com o os 12 generais-de-exército que integram o Alto Comando para informá-los sobre a crise do Executivo com o Judiciário e Legislativo. Zenildo disse aos generais que não é hora de "botar lenha na fogueira" e que a solução será necessariamente pela via democrática.
Zenildo aproveitou a reunião do Alto Comando, que decidirá as promoções do primeiro semestre, para deixar claro que não interessa ao Exército um agravamento na crise entre os três Poderes. O ministro dos Transportes, Bayma Denys, que deixou recentemente o Comando Militar do Leste, defende posições mais duras, que contrariam Zenildo.
Apesar de pedir tranquilidade, o ministro do Exército e os membros do Alto Comando criticaram os salários do Judiciário e do Legislativo. Ao fazer uma relato sobre a reunião da última sexta-feira dos ministros militares na sexta-feira da semana passada no Planalto, Zenildo disse que as Forças Armadas tiveram apoio integral do presidente Itamar sobre as diferenças salariais entre os Três Poderes.
A maior preocupação dos membros do Alto Comando continua sendo os soldos, classificados pelos militares como baixos. Em conversa informal, Zenildo e 12 generais-de-exército concluiram uma das melhores soluções para a crise passaria pela reedição de medida provisória fixando claramente a mesma data para conversão dos salários em URVs.
Zenildo hoje reúne-se com o Alto Comando do Exército. Ele definirá as promoções e novamente discutirá a crise política.

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