São Paulo, sexta-feira, 25 de março de 1994
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Ciro pediu ajuda a Fleury

DA REDAÇÃO

O cardeal-arcebispo de Fortaleza, dom Aloísio Lorscheider, e mais 11 pessoas foram levados como reféns no último dia 15 por 14 presos após uma rebelião no Instituto Penal Paulo Sarasate, em Eusébio (Grande Fortaleza).
A revolta começou durante a visita anual de d. Aloísio ao presídio. Ele estava acompanhado de deputados estaduais cearenses, vereadores e membros da OAB.
Às 11h20 começou a rebelião. Um grupo de presos armado com facas rendeu d. Aloísio. Houve tiroteio. Dois presos morreram. Dois PMs e um detento ficaram feridos.
O governador Ciro Gomes chegou ao local às 12h30 para liderar as negociações. Ele solicitou ajuda ao presidente Itamar Franco e ao governador Fleury. O GER (Grupo Especial de Resgate) da Polícia Civil paulista foi enviado ao local.
Às 23h10, 14 detentos deixaram o presídio em um carro-forte. Não cumpriram o acordo e levaram 12 reféns. Saíram armados de revólveres, espingardas e metralhadoras. O armamento era velho e só as primeiras balas eram verdadeiras.
Quando os presos partiram, o GER ainda não havia chegado ao local. A perseguição foi feita por cerca de 150 homens das polícias Civil, Militar e Federal do Ceará.
O sequestro durou cerca de 18 horas. Na madrugada do dia seguinte, os reféns começaram a ser libertados. Dom Aloísio foi solto em Quixadá (CE).

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