São Paulo, sexta-feira, 25 de março de 1994
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Termina reforma do viveiro que abastece a cidade

PATRICIA DECIA
DA REPORTAGEM LOCAL

O Viveiro Manequinho Lopes, no parque Ibirapuera, foi inaugurado oficialmente ontem. O local já estava aberto ao público, mas a reforma de seis das dez estufas e a implantação do projeto do paisagista Burle Marx terminaram esta semana.
O viveiro é responsável pela produção das plantas usadas na arborização de praças e ruas. Uma das atrações é a estufa de orquídeas, com dezenas de espécies. No total, há mais de 100 mil mudas no viveiro. As plantas estão em exposição, mas não há venda.
Criado na década de 20, o viveiro foi o embrião do parque, inaugurado em 1954. Em 1934, o especialista em insetos Manuel Lopes de Oliveira Filho ampliou o viveiro e introduziu novas espécies. Como homenagem, após sua morte em 1938, o viveiro passou a se chamar Manequinho Lopes.
Na área –27,5 mil m2–, foi construída a "Praça do Viveiro", onde está o galpão da antiga serraria e uma figueira centenária tombada pelo patrimônio histórico. No galpão, deverá ser instalado um centro de serviços 24 horas. O jardim da praça, concebido por Burle Marx, tem 20 espécies de plantas –flores e arbustos– que não existiam no parque. Elas serão usadas pelo viveiro como matrizes para novas mudas.
As reformas, bem como a construção do Bosque da Leitura, do Jardim das Esculturas e da pista de cooper, fazem parte do projeto "Mais Ibirapuera Pra Você", patrocinado pelo Banco Real, que investiu US$ 3 milhões, e sob a coordenação da Fundação Roberto Marinho.
O secretário municipal do Verde e Meio Ambiente, Werner Zulauf, acredita que a área 24 horas deverá estar funcionando em 1995. O projeto prevê a instalação de 16 bancas de jornais, frutas e flores, lojas de conveniência e oito fast-foods. Na área externa, mesas e cadeiras (veja quadro).
O primeiro andar deve ser ocupado por 20 lojas. Ao redor, deverá ser construído um tablado de madeira para a circulação do público, com bancos fixos em toda a extensão. O projeto prevê ainda dois restaurantes, com um terraço em cada ponta, no último andar.
Segundo Zulauf, a área deverá ficar separada do parque por uma cerca com portões que serão fechados durante a noite. A entrada, independente, será pelo portão 7A, na avenida República do Líbano.

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