São Paulo, sexta-feira, 25 de março de 1994
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Pilotos descartam possibilidade de vitória

SÉRGIO KRASELIS
DA REPORTAGEM LOCAL

"Pior do que o início da temporada do ano passado não vai ser". Com essa frase, o austríaco Gerhard Berger definiu sua expectativa com o desempenho da Ferrari no GP Brasil de Fórmula 1.
A referência irônica do piloto serviu para arrancar risos durante a coletiva em que ele e seu colega de equipe, o francês Jean Alesi, comentaram os testes realizados este ano com o 412t1, o carro projetado pelo inglês John Barnard.
O austríaco comparou os testes deste ano com os do ano passado, antes da abertura da temporada 93. Para Berger, os testes deste ano "foram melhores". Segundo o piloto, a equipe agora analisa o desempenho e a dinâmica do carro para estabelecer a estratégia a ser adotada na corrida de domingo.
"Acredito que vai existir muita confusão. Todo mundo vai ter que se adaptar ao novo regulamento. Vamos ver o que acontece", disse Berger, se referindo às novas regras adotadas pela FIA, que este ano prevê paradas para o reabastecimento dos carros durante os GPs.
"As corridas agora terão um caráter mais humano. Quem cometer erros terá menos chance de permanecer na pista", afirmou Jean Alesi. Para ele, o GP vai ser um grande termômetro para as equipes avaliarem como será a aplicação, na prática, do novo regulamento.
O reabastecimento de combustível é uma preocupação comum aos dois pilotos ferraristas. "Teremos muitos mecânicos em volta dos carros e os pilotos não vão poder entrar em alta velocidade nos boxes. Acho que vai haver muita confusão. Mas nós não somos burros. É preciso ser cuidadoso e rápido o suficiente", disse Alesi.
O francês acredita que a Ferrari fará três paradas nos boxes durante a corrida. Para ele, as chances de vitória da equipe no Brasil são pequenas. "Não vejo muitas chances de vitória nas duas primeiras corridas do ano", afirmou Alesi.

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