São Paulo, sábado, 26 de março de 1994 |
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Promotor pede prisão de ex-deputado
WILLIAM FRANÇA; DANIELA PINHEIRO
Curió, coronel da reserva, é acusado de montar uma emboscada que resultou na morte de Laércio Xavier da Silva, 16, e no ferimento à bala de seu irmão, Leonardo, 17, em fevereiro do ano passado. Foi pedido também ao Ministério Público a instauração de inquérito administrativo para apurar possíveis irregularidades e omissões no processo cometidas pelos delegados Antônio Admar Brandão e Rosana Raimundo Gonçalves. O juiz Jesuíno Rissato tem nove dias para decidir sobre o pedido. Curió, os filhos Sebastião e Antônio César, e os agentes da Polícia Civil, João Bosco Brajorge e Eryson Coqueiro, foram denunciados pela promotoria. Na noite do dia 1º, Curió e os demais acusados seguiram os garotos até um casebre abandonado. Ao ver Leandro, mirou a pistola Beretta 9 milímetros e acertou-lhe um tiro nas costas. Leonardo recebeu um disparo na mão direita. Curió alega que atirou em legítima defesa depois de ouvir dois disparos. No entanto, a perícia técnica não encontrou vestígios de pólvora nas mãos dos garotos que pudessem provar estarem armados. O advogado de Curió, Pedro Calmon, alega que o promotor "não tem qualquer pressuposto legal" para pedir a prisão preventiva. Calmon afirma que Curió não está dificultando os trabalhos da Justiça nem é perigoso à sociedade. Segundo Calmon, a notícia pegou a família de seu cliente de surpresa. Curió está em Serra Pelada, no interior do Pará, e ainda não sabe da decisão da promotoria. Na época do crime, os agentes Frajorge e Coqueiro disseram à polícia que estavam apenas ajudando Curió e seus filhos numa diligência para procurar os garotos. (William França e Daniela Pinheiro) Texto Anterior: 'A Tribuna' de Santos completa 100 anos hoje Próximo Texto: FHC diz a Itamar que disputa Presidência Índice |
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