São Paulo, sábado, 26 de março de 1994
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Torcedores querem 3 atacantes no Mundial

DA REDAÇÃO

Bebeto, Romário e Muller. Este seria o ataque que os paulistanos escalariam na seleção brasileira, se a Copa do Mundo dos EUA começasse hoje.
Segundo pesquisa do Datafolha realizada na capital paulista na última quinta-feira, 40% dos torcedores preferem ver o Brasil com três atacantes nos EUA. Além disso, 93% apóiam a escalação de Bebeto, 88%, a de Muller e 91%, a de Romário.
A vitória sobre a Argentina por 2 a 0, na última quarta-feira, em Recife, manteve a confiança da torcida. Agora são 60% que acreditam que o Brasil conquistará, no dia 17 de julho, seu quarto título mundial.
Atacantes
A opção por quatro atacantes, como o Brasil jogou nas Copas de 58 (Garrincha, Vavá, Pelé e Zagalo) e 62 (com Amarildo no lugar de Pelé), ficou em segundo lugar, com 24%. Os que preferem dois atacantes (16%) superam os que optam por cinco (13%).
Entre os que dizem ter "muito" interesse por futebol, é ainda maior o número dos que preferem três no ataque: 48%, contra 20% para quatro atacantes.
Favoritismo
Na pesquisa anterior do Datafolha, em 20 de setembro do ano passado, um dia após a classificação do Brasil para o Mundial, 58% acreditavam no título.
Hoje são 60%, o maior índice desde que a pergunta começou a ser feita, em maio do ano passado.
Depois do Brasil, os favoritos dos paulistanos são a Alemanha (11%), a Itália e a Argentina (3% cada) e a Colômbia (1%).
A época em que os torcedores paulistanos estiveram mais pessimistas foi em agosto de 93, durante as eliminatórias para a Copa.
O ponto mais baixo foi em 16 de agosto, dia seguinte ao empate em 1 a 1 com o Uruguai, em Montevidéu. Na ocasião, somente um entrevistado em cada quatro acreditava no título mundial em 94.
O número dos que confiam na seleção é bem maior entre os que assistiram pela TV à partida de quarta-feira (64%) que entre os que não viram o jogo (50%).
A Alemanha continua a ser a maior ameaça ao Brasil, para os pesquisados. Após a vitória por 2 a 1 sobre a Itália, na quarta-feira, em Stuttgart, a cotação dos alemães subiu de 7% para 11%.
Quanto maior o interesse por futebol, mais a Alemanha é vista como favorita. Entre os que têm "muito", "pouco" ou "nenhum" interesse, os alemães chegam, respectivamente, a 13%, 11% e 6% dos votos.
Em compensação, a Itália, que chegou a ser a principal candidata ao título para 10% dos paulistanos, arrasta-se agora nos 3%, mesmo número da Argentina. Os italianos vêm de duas derrotas seguidas –para a França, por 1 a 0 (em Nápoles, em fevereiro), e para a Alemanha, por 2 a 1.

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