São Paulo, domingo, 27 de março de 1994
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Acompanhe as mudanças para a URV

VERA BUENO DE AZEVEDO
DA REPORTAGEM LOCAL

Aos poucos, a economia vai se adaptando à URV, o novo indexador que faz o papel de moeda nesta fase de transição do Plano FHC, até a mudança do cruzeiro real para o real.
Além dos salários, que serão pagos até o próximo dia 7, muitos outros preços e contratos já estão em URV. Acompanhe como estão sendo feitas as conversões.
Escola - Os carnês de abril devem vir em URVs. A conversão das mensalidades, recomendada pelo Sieeesp (sindicato da categoria no Estado de São Paulo), é pela média de novembro a fevereiro, mais um aumento real de 12,4%, decorrente de acordo com os professores.
Segundo Mauro Bueno, presidente da Associação Intermunicipal de Pais e Alunos de São Paulo, existem estabelecimentos que estão utilizando fórmulas mais abusivas. Reajustam a última mensalidade pelo IPC integral e depois fazem a conversão.
Planos de saúde - Os contratos assinados a partir do último dia 15 estão em URVs. Os antigos continuam em cruzeiros reais. Segundo a Abramge (Associação Brasileira de Medicina de Grupo), só serão mudados com o real.
A Golden Cross deixou de comercializar novos planos de saúde desde o último dia 15. Até a criação do real, ela vai vender apenas seu seguro-saúde, que não mudou (ver quadro ao lado).
Imóveis - Já existem construtoras e incorporadoras oferecendo financiamentos próprios em URV. Como todos os contratos no novo indexador, os reajustes reais (acima da variação da URV) só podem ocorrer a cada 12 meses.
Cartão de crédito - As faturas de abril virão em URVs, para compras feitas a partir do último dia 15. A conversão para cruzeiros reais deve ser feita pelo valor da URV no dia do pagamento.
Não parcele a dívida, nem atrase o pagamento, porque os juros reais estão muito altos.
Crediários - Já existem em URV, quando são oferecidos pelas próprias lojas. Mas cuidado com os juros reais elevados. Pesquise preços e forma de pagamento.
Preços - Lojas e supermercados podem fixar preços em URVs, mas é preciso colocar ao lado o valor em cruzeiros reais. O mesmo vale para as notas fiscais, que podem ser emitidas em URVs, mas devem incluir também o valor em cruzeiros reis.

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