São Paulo, segunda-feira, 28 de março de 1994
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Nada impede prorrogação, diz professor

DA REPORTAGEM LOCAL

O professor titular de direito constitucional da PUC-SP (Pontifícia Universidade Católica de São Paulo) Celso Bastos não vê qualquer impedimento jurídico na prorrogação do prazo final da revisão constitucional.
"O texto estabelece que a revisão será feita após cinco anos, mas não prevê um prazo final para ela", afirma o professor.
Bastos observa que foram os próprios congressistas que fixaram o dia 15 de maio como prazo final. Em sua opinião, os parlamentares também têm poder para modificar a data.
A interrupção formal do processo revisional e sua retomada no próximo ano não são aceitos por Celso Bastos. "O Congresso Nacional não deve aprovar um ato que interrompa a revisão", aconselha.
Em sua opinião, qualquer procedimento neste sentido pode ser interpretado como o ato final da revisão pelo (STF) Supremo Tribunal Federal.
"Os parlamentares devem simplesmente prorrogar o prazo e levar a revisão 'em banho maria' neste período eleitoral".
O professor admite que a tese coloca em risco a promulgação antecipada do FSE (Fundo Social de Emergência).
Mas acredita que o risco de que a revisão constitucional se inviabilize é maior que o risco da eventual declaração de inconstitucionalidade do Fundo Social de Emergência.

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