São Paulo, segunda-feira, 28 de março de 1994
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Até dia 2, governos estaduais vão mudar

DA AGÊNCIA FOLHA

Até o próximo dia 2 de abril, pelo menos 10 governadores de Estado devem deixar seus cargos para disputar as eleições de outubro (veja quadro acima).
Ainda estão indecisos sobre seu futuro político, cinco chefes de Executivos estaduais. Doze já confirmaram que vão permanecer nos cargos até o final de seus mandatos.
Na maioria dos casos, os governadores-candidatos pretendem concorrer a uma das duas vagas de seus Estados para o Senado.
Para disputar a Presidência da República, a única expectativa fica em relação a Leonel Brizola (PDT), do Rio.
É remotíssima a hipótese de o governador baiano, Antônio Carlos Magalhães (PFL), participar da disputa presidencial.
Os pefelistas devem se coligar com o PSDB, na chapa encabeçada pelo ministro da Fazenda, Fenrando Henrique Cardoso.
Na Bahia, o substituto de ACM no governo deve ser o presidente do Tribunal de Justiça no Estado, desembargador Ruy Andrade.
Tanto o vice-governador baiano, Paulo Souto, como presidente da Assembléia Legislativa, Antônio José Imabassahy, pretendem disputar as eleições de outubro.
Na Paraíba, Ronaldo Cunha Lima, do PMDB, decidiu concorrer ao Senado. O governador responde a inquérito por tentativa de homicídio contra seu adversário político Tarcísio Burity.
O governador de São Paulo, Luiz Antonio Fleury Filho (PMDB), depois de ter articulado seu nome para ser lançado ao Planalto, com o incentivo do grupo anti-quercista do PMDB, resolveu ficar no Palácio dos Bandeirantes.
Na semana passada, Fleury anunciou oficialmente seu apoio à candidatura presidencial de seu padrinho político, Orestes Quércia.
Outro que permanece no governo até 1º de janeiro, quando terminam os mandatos dos governadores, é Joaquim Roriz (PP), do Distrito Federal.
Roriz pretendia concorrer a uma vaga ao Senado até ter seu nome envolvido nas investigações da CPI do superescândalo do Orçamento.
As denúncias da CPI contra o governador estão sendo alvo de investigações do Ministério Público Federal.
Ciro Gomes (PSDB), do Ceará, que lidera o ranking dos governos com melhor avaliação, segundo o Datafolha, ainda está indeciso sobre seu futuro político.
Se deixar o governo cearense, Ciro será substituído pelo vice, Lucio Alcântara, do PDT, que deve apoiar a candidatura Brizola ao Planalto.

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