São Paulo, segunda-feira, 28 de março de 1994
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Rubinho chora durante a última volta

EDGARD ALVES
DA REPORTAGEM LOCAL

Foi a corrida mais emocionante na vida de Rubinho Barrichello. O quarto lugar acabou sendo festejada como se fosse um título. Avô, pai, mãe e irmã do piloto, que estavam no box da Jordan, derramaram muitas lágrimas já quando ele completava a volta final.
Ao sair do cockpit, Barrichello parecia firme, mas desabafou. "Chorei tudo que tinha de chorar na última volta. Foi o melhor dia na minha vida."
Depois de inúmeros problemas com o carro nos treinos, Rubinho realizou uma corrida perfeita, a melhor dos 17 GPs de sua carreira. Nos anteriores, ele tinha conseguido apenas dois pontos, ano passado, no Japão. Largou na sétima fila com 85 litros de gasolina. Fez dois pit stops, nos quais trocou os pneus e colocou 75 litros e 65 litros de gasolina, respectivamente.
Sem problemas na largada e com o Jordan rendendo bem, Rubinho logo ganhou algumas posições. Na sexta volta passou em nono e na 19ª em quarto. A seguir, caiu vários postos. Na 29ª volta assumiu o sexto lugar, atrás de Schumacher, Senna, Hill, Alesi e Wendlinger. Na volta 44, Rubinho ganhou a posição de Wendlinger ao sair mais rápido do que o piloto da Sauber do pit stop. A partir dali, administrou a posição.
"O pneu estava acabando e eu não via a hora de terminar", disse Barrichello, que evitou comentários sobre o acidente com seu companheiro de equipe Irvine. Mas fez questão de ressaltar que teve momentos críticos na prova, como um leve toque de roda com Wendlinger e um susto, quando topou com o carro de segurança pela frente. "Minha viseira estava suja, quase acertei o carro de segurança e um Simtek", falou.
Barrichello, que saiu do carro com dores na perna direita (disse que correu com o pé sempre apertando firme o acelerador), afirmou que vai se preparar para a próxima corrida, em Aida, Japão, um circuito de baixa velocidade, não ideal para o Jordan.

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