São Paulo, segunda-feira, 28 de março de 1994 |
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Saci nasce como cooperativa
CARLOS CALADO
"Queremos um caminho independente da vontade dos todo-poderosos do disco. Como nós mesmos somos os autores, intérpretes e produtores de nossos discos, podemos fazer o quisermos", diz Carrilho, 34, explicando que o selo Saci (sigla da Sociedade dos Artistas e Compositores Independentes) nasce como uma cooperativa. A estratégia inicial do selo é lançar trabalhos de MPB que já tinham sido editados antes no exterior, mas permaneciam inéditos no Brasil. Ou mesmo editar CDs com trabalhos lançados antes em vinil. "Temos material para montar um bom catálogo em pouco tempo, o que ajudará a potencializar as vendas de todos os nossos títulos", acredita Carrilho. Quatro álbuns compõem o primeiro suplemento do Saci. O único não-inédito no Brasil é "Maurício Tapajós e Aldir Blanc", que reúne 11 faixas de um LP de 1986 com a recente "O Topete e a Raspadinha", composição da dupla, que ironiza o "affair" Itamar Franco-Lilian Ramos. Lançados antes só no exterior, saem também: "O Trio" (com o clarinetista Paulo Sérgio Santos, o violonista Carrilho e o bandolinista Pedro Amorim); "Resgate", da cantora Cristina Buarque (irmã de Chico Buarque) e "Amélia Rabello", com participação de Raphael Rabello, irmão da cantora. "Nosso interesse é pela música brasileira de qualidade e não por modas, tipo sertanejo ou samba", afirma Carrilho. Inicialmente, serão prensadas mil cópias de cada álbum. "Com a fita master na mão tudo fica mais fácil. O custo de produção de um CD não é muito maior do que US$ 2. As grandes gravadoras dizem que investem muito dinheiro, mas na verdade não é tanto assim." Entre os próximos lançamentos Saci, estão CDs da Camerata Carioca, do bandolinista Pedro Amorim e dos compositores João de Aquino e Sérgio Santos.(CC) Selo: Saci (Praia de Botafogo, 462, tel. 021-2864017, Botafogo, Rio) Texto Anterior: Natasha faz linha "college" Próximo Texto: Roadrunner traz Slayer e Soul Asylum Índice |
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