São Paulo, terça-feira, 29 de março de 1994 |
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Líderes ainda tentam barrar Quércia
DENISE MADUEÑO; RAQUEL ULHÔA
O ex-presidente José Sarney (PMDB-AP) entrou em cena para se lançar candidato e o líder do PMDB na Câmara, Tarcísio Delgado (MG), optou pelo governador Íris Rezende (GO). O argumento foi o mesmo: a unidade do partido. Sarney defendeu as eleições prévias como única forma de o partido chegar unido nas eleições presidenciais: "Se o partido achar que meu nome é importante para a unidade não posso recusar a convocação." O líder Tarcísio Delgado vê a unidade do partido no governador de Goiás. "Quércia racha o partido e Requião também. O PMDB precisa de uma unidade", afirmou. Delgado se referia aos dois pré-candidatos do partido: ex-governador de São Paulo e o governador do Paraná. "Sarney é oficialmente do PMDB, mas não é peemedebista", afirmou Delgado. Para Sarney a prévia é a forma mais democrática de escolha do candidato do partido. Sarney vai almoçar com presidente do partido, Luiz Henrique (SC), para tratar de sua candidatura. Luiz Henrique prefere não comentar oficialmente as candidaturas: "Lançar nomes agora é colocar o carro na frente dos bois." A eleição prévia, que precisa ainda ser regulamentada, vai escolher o candidato do partido nas eleições presidenciais. O Conselho Nacional do PMDB marcou a consulta para o dia 8 de maio. A prévia deverá ser feita entre 250 mil filiados ao partido. Luiz Henrique questionou ontem a disposição do ex-governador Orestes Quércia (PMDB-SP) de tentar impugnar as prévias para a escolha do candidato do partido. Segundo ele, o Conselho Nacional do PMDB aprovou, na semana passada, uma resolução que permite essa consulta nacional. Quércia é contra a prévia porque está seguro da vitória se a escolha do candidato for feita pela convenção. Texto Anterior: Fleury faz alerta sobre FHC Próximo Texto: Aliança PFL-PSDB será só para o Planalto Índice |
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