São Paulo, quinta-feira, 31 de março de 1994 |
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Linha imperial continua até hoje
MURILO GABRIELLI
A unificação do país se dá entre os séculos 3º e 8º pela família imperial Yamato, cuja linhagem se estende até hoje. Surgem a linguagem escrita, o budismo e o confuncionismo, originados da China. A casa imperial permanece itinerante até 710, quando se fixa em Nara. Para romper a influência do clero budista, a capital é transferida em 794 para Kyoto. Em 1192, o poder passa para os militares ao ser nomeado o primeiro "shogun" (máxima honraria militar). Começa o período feudal. Essa época marca a formação da base da moral samurai, resultado da disciplina física e mental do zen-budismo, dos ditames do confuncionismo e do espírito militarista reinante. Os EUA entram na vida japonesa em meados do século 19, quando obrigam o "shogun" a assinar um tratado de comércio. Esse sinal de fraqueza associado a crises internas levam à queda do sistema em 1867. Um ano depois, a capital passa a ser Tóquio. Durante 30 anos são abolidas as castas, cria-se um sistema educacional, desenvolve-se a indústria e uma constituição é promulgada. O espírito militarista permitiu a formação de um poderoso exército que, aliado ao nacionalismo e ao crescimento populacional, resultou nas invasões da Coréia, Indochina e Manchúria, além da participação na Segunda Guerra Mundial. Texto Anterior: Economia do país enfrenta a estagnação Próximo Texto: Flor de ameixeira abre a primavera japonesa Índice |
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