São Paulo, sexta-feira, 1 de abril de 1994
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PSDB precisa do apoio do PFL, afirma ACM

LUCIO VAZ
ENVIADO ESPECIAL A SALVADOR

O governador da Bahia, Antônio Carlos Magalhães (PFL), disse ontem à Folha que a "força e expressão" do PFL vão fazer com que o PSDB "compreenda" a necessidade de o partido fazer o vice na chapa de Fernando Henrique Cardoso a presidente.
Ele disse que nunca apoiou o ex-ministro da Fazenda, mas que admite a possibilidade de apoiá-lo. Afirmou que não pretende disputar a Presidência, mas acrescentou que poderá aceitar a tarefa se o partido decidir.
Folha - O senhor continua apoiando a candidatura do ministro Fernando Heirique Cardoso a presidente da República?
ACM - A sua pergunta é inadequada ou o senhor está querendo tirar de mim se eu o apóio.
Folha - Eu me refiro à entrevista do senhor à Folha manifestando apoio político à candidatura do ministro.
ACM - A possibilidade de apoiar não é continuar apoiando. Eu nunca o apoiei, mas é possível que possa apoiá-lo.
Folha - Se houver esta coligação, PFL-PSDB, seria importante o cargo de vice para o PFL?
ACM - Eu acho que a força e a expressão do PFL vão fazer com que o próprio PSDB compreenda isso.
Folha - O senhor tem interesse numa disputa nacional?
ACM - Tenho e não tenho. O Jorge Bornhausen, que é o presidente do meu partido, é quem está orientando este problema. Ele está orientando os entendimentos em nível nacional. Da maneira com que ele conduz eu sigo, porque ele é o chefe do partido. De modo que, se me derem a tarefa de ser candidato, eu posso até prejudicar o meu projeto, que é o de ser candidato a senador pela Bahia para ser candidato a presidente.

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