São Paulo, sábado, 2 de abril de 1994 |
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Candidatos estaduais reclamam de Quércia
EMANUEL NERI
Os candidatos peemedebistas que enfrentam problemas com a candidatura quercista são Antônio Britto (RS), Garibaldi Alves (RN), Antônio Mariz (PB), Wilson Martins (MS) e Ruy Bacelar (BA). Com exceção de Bacelar, que ainda disputa a indicação com o ex-governador baiano Nilo Coelho, os outros estão com suas candidaturas praticamente definidas e têm chances de vencer a eleição. Para esses peemedebistas, a candidatura quercista causa estragos em suas campanhas locais. Alguns dizem que terão dificuldades de subir no palanque quercista. Segundo eles, há fortes resistências de suas bases eleitorais às denúncias de supostas irregularidades envolvendo o ex-governador. Na semana passada, em jantar com Quércia na casa do senador Ronan Tito (PMDB-MG), Garibaldi e Mariz expuseram suas dificuldades ao próprio candidato. O senador Divaldo Suruagy, que concorre ao governo alagoano, também resistia ao quercismo. Mas na semana passada ele esteve em São Paulo para assistir ao anúncio oficial do apoio do governador Fleury a Quércia. Os candidatos a governador que resistem a Quércia tentam encontrar uma alternativa para enfrentar o ex-governador na prévia que escolherá seu candidato presidencial. Garibaldi foi escalado para saber do ex-presidente José Sarney se ele pretende mesmo disputar a prévia peemedebista. Sarney tem dificuldades de aceitação no PMDB gaúcho e do Rio Grande do Norte. Mas os peemedebistas antiquercistas estão dispostos a conversar sobre eventual apoio a ele. Eles também trabalham com a possibilidade de, em uma última tentativa, convencer o senador Pedro Simon (RS) a aceitar o desafio de enfrentar Quércia. Prefeitos e vereadores gaúchos tentam organizar um movimento que torne a candidatura de Simon irreversível. Sobra ainda como alternativa a candidatura do governador paranaense Roberto Requião. Mas esses peemedebistas não vêem muito a chance de encontrar um candidato com possibilidade de derrotar Quércia. "Nossa situação é de quase desespero", diz Garibaldi. "Nenhuma das alternativas colocadas até agora têm muita consistência", afirma. Com suas candidaturas consolidadas, eles afastam a possibilidade de seguir o mesmo rumo de Vasconcelos. O prefeito de Recife se queixava do efeito negativo da candidatura quercista em sua campanha. Mas outros motivos também contribuíram para a sua desistência. Um deles foi a resistência de 14 dos 28 prefeitos do PMDB pernambucano à aliança do partido com o PFL. Próximo Texto: Ex-presidente já começou sua campanha Índice |
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