São Paulo, sábado, 2 de abril de 1994
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Casal enfrentou dificuldades financeiras

SÔNIA MOSSRI
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O casal Ricupero enfrentou dificuldades financeiras no início do casamento e acabou sendo atraído para Brasília.
Marisa e Rubens optaram pela nova capital em 1961, por causa da oferta de apartamento funcional e da famosa "dobradinha" (salário em dobro para os funcionários públicos que viessem para Brasília).
Em entrevista à Folha, a pedagoga Marisa diz ter saudade dos tempos de pioneira em Brasília. "Gostei daquelos tempos. Pensava em fazer uma cidade diferente".
O casal não ficou muito tempo na cidade. Em 63, Rubens Ricupero foi promovido no Itamaraty e recebeu um posto em Viena (Austria).
A família começou a aumentar na capital austríaca. Nasceram Cristina e Isabel. Cristina seguiu os passos da mãe, funcionária do Ministério da Cultura, e faz doutorado em Paris sobre arte contemporânea.
Já Isabel foi influenciada pelo pai e estudou direito internacional em Genebra, no Instituto de Altos Estudos Internacionais. Sua tese de pós-graduação é sobre os desparecidos políticos no regime militar de 64.
Depois de Viena, o casou ainda passou por Buenos Aires (Argentina) e Quito (Equador), onde nasceu Bernardo, o "petista da família", comenta Marisa. Ele faz curso de especialização em Ciências Políticas em São Paulo.
Em 77, a contragosto, a família desembarcou em Brasília. A família estava maior com o nascimento de Marina, em Washington. "É a nossa temporã", brinca Marisa.
Pela primeira vez, Marisa começou a trabalhar para aumentar a renda familiar. "Os primeiros anos foram difíceis. Você deve saber que diplomata ganha bem apenas quando está em serviço no exterior".

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