São Paulo, sábado, 2 de abril de 1994
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Funcionário participa

PAULO DORNELLES ROSA
DA REPORTAGEM LOCAL

Em processo de transição para a autogestão, a Cerâmica Matarazzo, de São Caetano, tinha produção de 180 mil metros quadrados (m2) de azulejos por mês. Só com conversas, a produção subiu para 210 mil m2 por mês", relata Aparecido Faria, economista do Dieese e autor de projetos de autogestão. "O fator produtivo número um nos projetos é a mão-de-obra."
A relação empresa/funcionário passa por uma mudança radical, via "transparência total". Se não há produção, por exemplo, o funcionário vai para casa para não gerar custos à empresa, diz o economista.
Os trabalhadores ainda têm dificuldades de entendimento das experiências. "Fomos escolher um coordenador de produção entre as funcionárias de uma empresa autogerida e elas acharam que uma mulher não poderia ser coordenadora."
Também a definição das normas de conduta dentro das fábrica exigem cuidados. "Quando tem disciplina, o funcionário é muitas vezes mais rigoroso que o empregador. Normalmente eles querem normas severes que as antigas", segundo Faria, o que deve ser controlado. (PDR)

Texto Anterior: Nova associação quer leis para autogestão
Próximo Texto: Faturamento mensal da Makerli é de US$ 1 mi
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.