São Paulo, sábado, 2 de abril de 1994 |
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Fugir da URV deixa de ser bom negócio Supermercados mudam de estratégia MÁRCIA DE CHIARA
Quem liderou o ranking dos aumentos foi o sal refinado (44,90%), seguido pelo leite em pó semi-desnatado (32,36%) e pelo detergente líquido (30,82%). Essa alta revela as expectativas sobre o plano econômico e as novas compras do atacado para recompor seus estoques, segundo Paulino Garcia, diretor-presidente da Beis. "Não vai demorar muito para essa alternativa do supermercado se esgotar", diz Omar Assaf, vice-presidente da Associação Paulista de Supermercados (Apas). Ele conta que alguns itens já estão começando a faltar no atacado. Também constatou diferença de até 30% no preço de um mesmo produto entre os atacadistas. Wilson Tanaka, presidente do Sincovaga, sindicato que reúne os pequenos supermercados, informa que os atacados reduziram o número de itens em promoção. Isso é sinal de que os novos preços da indústria já bateram no atacado, diz. Oswaldo Vaz Junior, presidente da Associação dos Distribuidores Atacadistas do Estado de São Paulo, confirma que essa alta reflete os aumentos de preço da indústria, mas em cruzeiros reais. Isso porque o atacado, assim como varejo, não está comprando em URV, só em cruzeiros reais. A queda-de-braço nas negociações entre o atacado e a indústria é a mesma que ocorre entre a indústria e o varejo. O alvo da discussão é o custo financeiro e a média de preço em URV. A diferença, segundo Vaz Junior, é que a negociação pode ser mais longa para o atacado porque o seu nível de estoque é maior. Mas não dá para esticar a conversa por mais 20 dias. Caso contrário, diz ele, podem sumir marcas.(MCh) Texto Anterior: Lojas evitam fazer grandes estoques Próximo Texto: Saldando dívidas; A reclassificar; Voando baixo; Balanço positivo; Começo difícil; Empréstimo difícil; Na estrada; Melhor que nada; Mais alunos; Semestre ruim Índice |
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