São Paulo, domingo, 3 de abril de 1994
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Livro traz orientações ao eleitor

DA REPORTAGEM LOCAL

Chega às livrarias na próxima semana "Como Não Ser Enganado nas Eleições", livro do jornalista Gilberto Dimenstein, diretor da Sucursal de Brasília da Folha, que reúne ainda textos curtos de outros 14 profissionais. Útil para qualquer eleitor, a obra foi escrita tendo como alvo o público jovem, que este ano vota pela primeira vez.
Escrito em linguagem acessível e bem-humorada, repleto de exemplos históricos e referências a personagens atuais da política nacional, o livro sai com tiragem inicial de 30 mil exemplares. As ilustrações são de Glauco, chargista da Folha. O diretor teatral Cacá Rosset aparece ao longo do livro num ensaio fotográfico em que simula de forma irônica um político em diversas situações.
O livro é uma iniciativa conjunta do projeto Folha Educação, do Grupo (associação que reúne 51 escolas particulares em São Paulo) e da editora Ática. O lançamento será feito durante o 4º Congresso de Educação para o Desenvolvimento, entre os próximos dias 15 e 18 no Colégio Magno, em São Paulo.
Dentro do congresso, às 16h do dia 16, Gilberto Dimenstein e outros três participantes do livro –a jornalista Junia Nogueira de Sá, ombudsman da Folha, opublicitário Washington Olivetto, presidente e diretor de criação da W/Brasil, e o jornalista Boris Casoy, âncora do "TJ Brasil", do SBT– fazem um work-shop para professores do segundo grau.
"O livro é uma vacina contra a demagogia", diz Dimenstein. "É a primeira vez que se faz um manual de defesa do eleitor reunindo textos de profissionais que têm experiências e visões complementares do tema", explica.
Além dos nomes citados, participam do livro o sociólogo Herbert de Souza, o Betinho, Elio Gaspari, editor especial da revista "Veja", Nélson de Sá, repórter e crítico de televisão da Folha, Carlos Chagas, diretor de jornalismo da TV Manchete, Bolívar Lamounier, cientista político, Carlos Heitor Cony, colunista da Folha, Carlos Eduardo Lins da Silva, correspondente da Folha em Washington, Ronald Kuntz, especialista em marketing político, Gustavo Venturi, diretor de operações do Datafolha, e Carlos Brickmann, jornalista e assessor de Paulo Maluf em duas eleições.
No livro o leitor encontra textos sobre como se deve analisar uma pesquisa de opinião, como é feito o marketing político nos EUA, o que se deve esperar dos jornais na cobertura de uma eleição ou como os candidatos exploram a vida privada de seus adversários.
A ombudsman da Folha, Junia Nogueira de Sá, avalia que o livro surge num ano em que a imprensa tem um enorme desafio a enfrentar. "Nas eleições de 89, os jornais se preocuparam muito com as baixarias e pouco com os programas de governo, que só foram tratados como promessas de campanha", diz Junia.
"Agora chegou a hora de se analisar de forma critica os programas de cada candidato. As pessoas estão cheias de só ouvir baixarias e ler pesquisas de opinião. Mais do que nunca o público está sensível para propostas factíveis e espera que os jornais as debatam em profundidade", diz Junia.

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