São Paulo, domingo, 3 de abril de 1994 |
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São Vicente tem mais quatro casos de cólera
MARCUS FERNANDES
Desde o reaparecimento da doença na Baixada Santista, no último dia 17, este foi o maior número de casos anunciados em um dia pelo instituto. Segundo o secretário de Saúde do município, Arthur Chioro, dois casos tiveram como origem do contágio o consumo de peixes. "O outro contraiu o vibrião ao comer verduras e um dos casos ainda está sendo investigado", disse Chioro. O anúncio de novos casos da doença na cidade foi confirmado pelo Ersa (Escritório Regional de Saúde). Dois dos infectados moram na favela México 70, a maior da Baixada Santista, com 60 mil habitantes. O local não possui saneamento básico. Nesse local, a Vigilância Sanitária entrevistou a família dos doentes e descobriu que o contágio pelo cólera se deu por meio do consumo de peixes. Os moradores –um homem de 74 anos e uma mulher de 59 anos– já receberam alta médica do hospital. O terceiro morador com laudo positivo reside no bairro do Jockey Clube. Trata-se de uma mulher de 73 anos, com suspeita de ter contraído a doença pela ingestão de verduras. É o segundo caso nesse bairro, onde residem cerca de 20 mil pessoas sem saneamento básico, segundo a Secretaria de Saúde de São Vicente. O quarto caso, de uma mulher de 42 anos, estava ontem sem confirmação da prefeitura sobre como se originou o contágio. A paciente mora no bairro do Catiapoã, periferia da cidade. Cólera na região Com a confirmação desses quatro novos casos, sobe para 15 o número de casos de cólera em São Vicente. Em toda as cidades da região da Baixada Santista, o total de pessoas contaminadas pelo vibrião é agora de 20 pessoas –duas em Santos e uma em Guarujá, Praia Grande e Cubatão. Segundo o Escritório Regional de Saúde, 266 pessoas em toda a região aguardam resultados de exames para saber se estão contaminados pela doença. Texto Anterior: Investigação isola Polícia Civil Próximo Texto: O burlesco e o Berlusconi Índice |
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