São Paulo, domingo, 3 de abril de 1994
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IML vai examinar mais 2 alunos de escola

DA REPORTAGEM LOCAL

A polícia deverá pedir amanhã ao IML (Instituto Médico Legal) mais dois exames em alunos da Escola de Educação Infantil Base, suspeitos de terem sido violentados. O 6º DP também deverá ouvir na segunda-feira o depoimento de mais duas testemunhas do caso.
Os pais dos alunos -uma menina de dois anos e um garoto de quatro- relataram para o 6º DP conversas que tiveram com os filhos sobre o que aconteceria na escola.
Uma das supostas vítimas disse que a "professora Célia" beijava seu pênis "para que ele ficasse grande". "Tentaremos conseguir provas definitivas sobre a autoria do crime nesta semana", disse o delegado Edélcio Lemos, 38.
Os moradores da Aclimação (região central de São Paulo) e os pais de alunos da escola iam se reunir ontem à noite para decidir o que fazer para apressar a investigação sobre a Base.
A escola é suspeita de ter abusado sexualmente de crianças, de tê-las drogado e de ter feito os alunos participarem de filmes e de fotografias pornográficos.
A reunião ainda não tinha um local definido até as 18h de ontem. Os articuladores do movimento são o gerente de vendas Ricardo Isber, 36, e o motorista Paulo Henrique de Lemos, 29, que liderou anteontem a depredação da escola.
"Nós queremos uma solução para o caso, com a prisão dos acusados, até segunda-feira, caso contrário, a população poderá se irritar e destruir de vez a escola e as casas dos acusados", disse Isber.
Seu filho, R.S.I., 4, teria sofrido abuso sexual quando era levado para a escola na Kombi de Maurício Monteiro Alavarenga, um dos principais acusados no caso e marido de uma das sócias da Base, Paula Milhim Monteiro Alvarenga. Eles negaram as acusações.
A PM está vigiando o prédio da escola. O motorista Lemos também não descartou a possibilidade de que seja decidido na reunião um novo ataque a Base.

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