São Paulo, domingo, 3 de abril de 1994 |
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Hargreaves quer PFL na pasta do Trabalho
SÔNIA MOSSRI
O Ministério do Trabalho é a única pasta que ainda está com seu sucessor indefinido nas mudanças ministeriais provocadas pelas eleições deste ano. Na Fazenda, assumirá Rubens Ricupero no lugar de Fernando Henrique Cardoso. Para o Ministério da Amazônia Legal e Meio Ambiente foi nomeado Henrique Brandão Cavalcanti, que assume o posto na terça-feira. Ele era o secretário-executivo para a Amazônia Legal do ministério e foi indicado por seu antecessor, Rubens Ricupero. Na Justiça, assumirá Alexandre Dupeyrat. No Ministério do Trabalho, a assessora especial da Presidência, Denise Paiva, conhecida como "a petista do Planalto", também é candidata ao lugar de Barelli e tem a simpatia de Itamar. Denise, amiga de Juiz de Fora de Itamar, tem o perfil desejado pelo presidente: é filiada ao PT mineiro, portanto ligada à esquerda, e seria mais uma tentativa de colocar uma mulher no governo. O PSDB faz um forte lobby junto ao presidente Itamar para que ele nomeie o ex-governador de São Paulo Franco Montoro para o Trabalho. O ex-ministro do Trabalho Almir Pazzianotto também tem sido lembrado com uma boa alternativa para substituir Barelli. Atual ministro do TST (Tribunal Superior do Trabalho), Pazzianotto disse à Folha que não recebeu nenhum convite formal do Planalto. Itamar já tem uma alternativa caso deseje adiar por mais de um mês a indicação do novo ministro do Trabalho. Mais uma vez, ele pode apelar para o ministro-chefe da Secretaria Geral da Presidência da República, Mauro Durante. A reforma ministerial desencadeada pela saída de ministros candidatos às eleições de outubro representou uma derrota para o presidente da Telerj, José de Castro, que também disputava o Ministério da Justiça. Texto Anterior: Saiba quem integra e como funciona a comissão Próximo Texto: "Manifesto dos Intelectuais" pediu o fim da censura em janeiro de 77 Índice |
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