São Paulo, domingo, 3 de abril de 1994 |
Texto Anterior |
Próximo Texto |
Índice
FHC quer filho de ACM para vice na chapa
GILBERTO DIMENSTEIN
Há, porém, outros nomes em cotação, como os dos deputados Gustavo Krause e Roberto Magalhães e do senador Marco Maciel, todos do PFL de Pernambuco, além do ex-governador de Santa Catarina, Vilson Kleinubing. Na cúpula do partido, porém, sabe-se que a indicação de Luís Eduardo provocaria desgastes, especialmente com o PSDB na Bahia, mas, em compensação, atrairia o empenho direto de Antônio Carlos Magalhães, o nome do PFL de maior peso eleitoral. Até ontem, porém, havia dúvidas no PSDB sobre a conveniência de um acordo com o PFL, temendo rejeição nas bases. Dois fatores pesam a favor do acordo. E o mais importante não é a influência do PFL no interior do Nordeste. Com a aliança, o tempo de televisão dos tucanos dobra. No PSDB, avalia-se que o horário eleitoral será um dos mais eficazes instrumentos de conquista de votos, já que FHC demonstra habilidade de comunicação. Neste ano, o horário eleitoral dará ênfase à exposição direta dos candidatos: são proibidas cenas externas. No PSDB, a suposição é a de que, com esse formato, Fernando Henrique exibiria sua vantagem intelectual sobre o candidato do PT, Luiz Inácio Lula da Silva. Pelos bastidores, FHC mostrou-se contrário à pressão, dentro de seu partido, para a indicação de Hélio Garcia para sua chapa. E, assim, abriu espaço para um entendimento com o PFL. A indicação fora patrocinada também pelo presidente Itamar, chegando a colocá-los juntos no Planalto. Entre as várias fragilidades de Hélio Garcia, uma delas é o seu partido, o PTB, que por ter uma bancada pequena não aumentaria significativamente o tempo no horário eleitoral do PSDB. A cúpula do PFL demonstra sinais de nervosismo. Eles imaginam que o PSDB tentará ganhar tempo: eles aguardam para esta semana o anúncio oficial da aliança. Eles informaram ao PSDB que a única condição era a indicação do vice. Mas não imporiam o nome, a fim de facilitar a aliança. Essa informação foi transmitida pelo presidente do PFL, Jorge Bornhausen, a Tasso Jereissati, e por ACM ao próprio FHC. Texto Anterior: O social reaparece Próximo Texto: ACM não quer polêmica Índice |
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress. |